SINOPSE
Esta obra tem a vantagem de proporcionar uma viagem no tempo através dos mitos, lendas, cosmologias, personagens notáveis, filosofias e religiões, mas também a si mesmo.
A viagem completa-se nesta junção do religioso e mítico, num espaço geográfico vasto e peculiar com povos de características próprias e associados às forças da natureza, que moldam a Índia na sua magnitude humana e espiritual.
É um facto, que desde a beleza arquitectónica dos templos, das artes, dos festivais religiosos, à prática da meditação num āśrama, tudo convida subtilmente à espiritualidade que qualquer peregrino aspira aceitar e experienciar. Fica aqui, o registo das mais belas viagens que a Índia nos oferece: a própria Língua, o Sânscrito como Escrita Perfeita, que nos leva também às mais recônditas paragens internas, para então realizar a verdadeira vida espiritual, que cada um pode encontrar no seu próprio coração.
Não brilham ali nem o sol nem a lua, nem as estrelas, nem
tão pouco brilham os relâmpagos, de onde vem então este fogo?
Porque brilha, tudo reluz. Com a sua luz tudo ilumina.
Śvetāśvatara Upaniṣad
Nota da Autora
Partindo da grande identificação que desde sempre estabeleci com as filosofias e religiões da Índia, propus-me apresentar este modesto e pequeno trabalho de tradução do Sânscrito para o português de algumas palavras menos conhecidas nas obras literárias que têm sido divulgadas no Ocidente. Trabalho que fui elaborando ao longo dos anos, a par de outras obras já editadas, onde se incluía a temática indiana e, para as quais, houve sempre a supervisão da Prof.ª Margarida Corrêa de Lacerda, com quem aprendi Sânscrito. O presente trabalho contém a secção dos Comentários, que se dedica a aprofundar alguns dos temas mais importantes da cultura indiana, destacadas através do asterisco (*).
Para a contextualização dos comentários foram recolhidos, assim, temas de base, os fundamentais desta literatura, aqueles que contêm explicações que possam definir melhor certas conotações
da própria linguagem filosófica-religiosa, subjacente a este ou aquele sistema doutrinal, tentando abarcar uma maior profundidade e alcance do vasto e belo tesouro literário, espiritual e cultural que a Índia comporta. Quanto à cronologia, torna-se difícil colher dados históricos com rigor, principalmente do período védico, origem da maior parte da tradição religiosa da Índia, sem cometer erros de datação, até porque mesmo entre os especialistas há desacordo, com diferenças notórias
quanto a esses registos; como também decifrar, se certos acontecimentos são pertença da mitologia ou da história, por vezes intrinsecamente ligados.
Como apoio a este trabalho recorri à consulta do “Dicionário de Sânscrito” de Monier Williams em inglês, cujas páginas referencio com (W.).
ÍNDICE
Nota da Autora……………………………………………………………9
Introdução……………………………………………………………… 11
Cronologia do Hinduísmo… ………………………………………… 23
Letra A… ……………………………………………………………… 27
Letra B… ……………………………………………………………… 65
Letra C… ……………………………………………………………… 91
Letra D… ………………………………………………………………103
Letra E… ………………………………………………………………123
Letra G… ………………………………………………………………131
Letra H… ………………………………………………………………143
Letra I… ………………………………………………………………153
Letra J… ………………………………………………………………161
Letra K… ………………………………………………………………171
Letra L… ………………………………………………………………195
Letra M…………………………………………………………………203
Letra N… ………………………………………………………………225
Letra O… ………………………………………………………………239
Letra P… ………………………………………………………………243
Letra R… ………………………………………………………………257
Letra S… ………………………………………………………………267
Letra T… ………………………………………………………………293
Letra U… ………………………………………………………………303
Letra V… ………………………………………………………………309
Letra Y… ………………………………………………………………325
Bibliografia… …………………………………………………………331