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A ETERNA SABEDORIA

11.00

Informação adicional

Peso220 g
Ano

2002

Edição

1

Idioma

Formato

12, 5X18

Encadernação

Cartonada

N. Pág.

205

Colecção

REF: 507 Categorias: , , ID do produto: 23386
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Maria Ferreira da Silva tem-se dedicado à investigação nas áreas das Religiões e Filosofias Ocidentais e Orientais, e a estudos científicos sobre o efeito benéfico da Meditação no cérebro humano.
Na perspectiva de fomentar e perpetuar o elo entre duas correntes de evolução, Ocidente e Oriente, e Ciência e Religião, apresenta este trabalho baseado em tradições milenares filosóficas, religiosas e espirituais, e em recentes investigações científicas.

INTRODUÇÃO
Ao falarmos de personagens históricas, sejam elas filósofos, místicos, reformadores religiosos, Messias e Profetas, e da nobre atitude que tiveram frente aos seus próprios ensinamentos, verificamos quanta sabedoria guiava as suas vidas. Ela derivava não só da elevada realização espiritual já efectuada em encarnações anteriores, mas também do esforço da vida presente. E legaram à humanidade não só a Sabedoria como a forma ou fórmulas de se obter a felicidade de uma consciência elevada, através do amor, devoção e desprendimento. Eles ensinaram como desenvolver virtudes tanto pelo recolhimento e ascese, como pela acção e devoção, e sem dúvida transmitiram cânticos ou louvores ao Amor Divino, pois todos os iluminados aqui mencionados tocaram na Essência Divina e não importa o nome que lhe deram, pois se uns foram capazes de a verbalizar, outros transmitiram-na pelo silêncio.
Neste modesto trabalho comparativo das principais doutrinas surgem também os Estóicos e os Jainas, pois reconheci neles tantas semelhanças de ensinamentos e regras de viver, que fiquei maravilhada pelo encontro destas duas correntes filosóficas ou religiosas tão afastadas no plano geográfico, contudo, tão perto quanto aos estados de Alma.
Já quanto ao Budismo comparei-o apenas nas suas próprias escolas, pois existem muitas diferenças entre elas que vou tentar esclarecer bem como aprofundar as interpretações.
No Cristianismo, que no seu começo está fundido com o Judaísmo, e nasce no seio dos próprios Judeus encontram-se forçosamente ideias comuns. Contudo, distanciando-se um do outro conforme se afastavam do espaço geográfico, estabelecendo-se por fim o Cristianismo no Ocidente, baseado sobretudo na crença dos Judeus no messianismo de Jesus.
Ao contrário do que aconteceu com Buddha, Zenão e Mahãvira, que procuraram a via da Libertação e depois então se tornaram grandes Sábios e Iluminados, Jesus trazia já um elevado grau de iluminação. A sua atitude em relação à própria existência e à morte é profundamente original. A sua relação com Deus não resulta da fé, mas da convicção da Sua Existência Foi a personificação avatárica do Amor e do poder de Deus.
O Amor é aquela energia que transforma tudo e, quando um ser se prontifica (sacrifica) a ser veículo do Amor Divino para a humanidade, esse Amor flui desse Ser como Emanação de Deus para os outros provocando reacções subtis naqueles que a recebem. Amor é em si mesmo a Presença de Deus, irradia não importa para quem, mas principalmente destina-se a transformar e a suavizar a dureza dos corações dos homens. Em todas as religiões e doutrinas se fala de Amor, e se há as que incorporam nos ensinamentos uma ligação directa a Deus, é contudo, ainda difícil à maior parte da humanidade fazer essa ligação individualmente. E uma forma de impulsionar mais rapidamente os outros à evolução mental e espiritual é pela acção exterior, através da irradiação do Amor, sacrificando-se pela humanidade. Porém, só poderá de facto fazê-lo eficazmente quem no seu interior já realizou o auto-domínio e a pureza de intenções, para que o envolvimento com os outros seres e com o mundo não o faça perder o seu controlo e a sua serenidade.
Os sábios aqui mencionados foram mediadores entre os homem e Deus; contudo, eles também ensinaram, a quem está pronto, a fazê-lo por si mesmo. Cristo foi um exemplo de grande firmeza e fundamentalmente demonstrou a ligação superior que o mantinha. Falou da Divindade ao ponto de se auto-reconhecer como tal, incitando os outros a fazê-lo da mesma forma, pois quando a fé e a devoção estão bem integradas num ser, e o Conhecimento de Deus é mais profundo, há uma razão Consciente, ou uma certeza absoluta da Sua Existência. O Conhecimento de Deus faz parte de um estado inteligente, coexistindo ao mesmo tempo no coração um bálsamo realizado nas profundezas do Ser. Conhecer Deus é um Saber inteligente.»

ÍNDICE:
– Introdução
– Sabedoria
– Cristianismo e Judaísmo
– O Cristianismo e as suas origens
– Os Cristãos Judeus
– A Missão de Jesus
– A Próxima Manifestação Divina
– Os Estóicos e os Jainas
– O Budismo
– O Yoga e o Advaita Vedanta
– Bibliografia