Capítulo 10. – CÓDIGO DO FEMININO E DO MASCULINO (parte – páginas 176 a 186)
10.1 – Código do Feminino (e da Mulher)
Os pontos deste código estão intercalados com os comentários dos autores, feitos durante uma palestra em que este tema foi abordado publicamente.
• A Matriz do Feminino não requer condições para a sua expressão. Esta será tanto mais autêntica quanto maior for a intensidade de amor e doação que o indivíduo expressar. A expressão do Feminino respeita e reconhece a expressão do Masculino.
«A Matriz do Feminino não requer condições para a sua expressão.» Isto é verdade. O Feminino ama muito mais incondicionalmente e com mais facilidade, porque a maternidade predispõe as mulheres para essa aprendizagem.
« … Esta será tanto mais autêntica quanto maior for a intensidade de amor e doação que o indivíduo expressar.»
Todos nós percebemos isto; colocá-lo em prática, porém, implica uma aprendizagem diária e uma mudança permanente.
« … A expressão do Feminino respeita e reconhece a expressão do Masculino.» Aqui aparece o busílis da questão, tanto de um lado como do outro, porque, segundo a informação de que dispomos, foi aqui que se deu a primeira grande cisão. A onda de negatividade introduzida pelas
forças involutivas quebrou a simbiose Masculino/Feminino, que dava sustentação ao nível vibracional da sociedade desse tempo. Depois desta cisão tornou-se muito difícil, se não mesmo impossível, manter esse enquadramento energético.
Ora, é exatamente esta condição que tem de ser recuperada. Para isso, mulheres e homens, quer se expressem com uma vibração mais feminina ou mais masculina, têm de reconhecer o poder da matriz do género sob o qual encarnaram.
Mas, como é que muitas mulheres se comportam perante os homens? Ou os tratam como filhos, protegendo-os como a galinha protege os pintos, ou passam-lhes atestados de
incompetência e nulidade, tratando-os como inaptos, incapazes de as ajudarem. Quem não sabe, aprende! E é sempre tempo de aprender. Cada pessoa tem de analisar onde se esconde o bloqueio da sua relação com o género oposto.
Neste sentido, pode ser muito útil o exercício das polaridades que se segue. A sua duração é de quatro semanas (a começar em qualquer dia). Convém que seja feito em silêncio
e recolhimento, no local e nas condições que mais aprouver ao praticante:
PARA OS HOMENS
A intenção das primeiras duas semanas é o restauro na Matriz do Masculino
Visualização: Dentro de uma esfera de energia dourada.
Verbalização: «Permito o reequilíbrio do arquétipo masculino desvirtuado.»
A intenção das segundas duas semanas é o restauro na Matriz do Feminino
Visualização: Dentro de uma esfera de energia prateada.
Verbalização: «Permito o reequilíbrio do arquétipo feminino desvirtuado.»
PARA AS MULHERES
A intenção das primeiras duas semanas é o restauro na Matriz do Feminino
Visualização: Dentro de uma esfera de energia prateada.
Verbalização: «Permito o reequilíbrio do arquétipo feminino desvirtuado.»
A intenção das segundas duas semanas é o restauro na Matriz do Masculino
Visualização: Dentro de uma esfera de energia dourada.
Verbalização: «Permito o reequilíbrio do arquétipo masculino desvirtuado.»
Estas práticas, com duração mínima de 20 minutos, devem ser feitas em dias alternados (para dar tempo para assimilar os resultados do exercício anterior), durante 15 dias.
Relembramos que o início da sequência pode ocorrer em qualquer dia.
Depois de cumprido este programa de trabalho, convém refletir em duas questões:
1. Em que área da vida é que eu utilizo a minha força e o meu poder de uma forma equilibrada, sem manipular e recorrer à sedução?
2. Em que área é que eu evito dizer as coisas diretamente, dando só a entender?
Nós, mulheres, não utilizamos o nosso poder, porque achamos que vamos criar problemas. Mas esse medo só existe na nossa cabeça; na dos homens reside o medo de que esse poder seja utilizado. Portanto, optando pela submissão da fêmea, acabam-se as veleidades! Dentro de nós há uma estrutura que tem de ser derrubada. Mas esse processo não é viável antes de deixarmos de acusar a parceria de não ter feito isto ou aquilo. Olhemos para nós, primeiro; depois, o resto.
• O Feminino não espera nada; tudo acolhe e envolve, respeitando todas as expressões da Criação. Porque não julga, separa ou distingue, a aceitação, a firmeza e o amor são condições da sua expressão. Esta matriz é o principal meio de comunicação entre a alma, a humanidade e os Reinos Coadjuvantes.
Convém não esquecer que estamos a falar da Matriz do Feminino, e não apenas das mulheres, já que os homens também têm uma percentagem, que pode variar, dessa matriz. E as mulheres vice-versa. Portanto, quando se faz a listagem das principais caraterísticas da Matriz do Feminino – aceitação, firmeza, disponibilidade, harmonia, receptividade, amor, etc. – elas também são caraterísticas da Matriz do Masculino, evidentemente. Se assim não fosse, a unidade seria impossível. Se algumas premissas pertencessem exclusivamente ao Feminino e outras exclusivamente ao Masculino, a verdadeira fusão seria irrealizável. São os dois lados da moeda. É verdade que as duas matrizes são diferentes e que a base de cada uma delas é específica, mas uma série de fatores são comuns às duas. Não faria sentido que a Matriz do Masculino não contemplasse a aceitação, a firmeza, a disponibilidade, a harmonia, a receptividade e o amor. Cairíamos naquela ideia pateta que diz que as meninas vestem de cor-de-rosa e os meninos de azul.
Ironizando, deve ser por isso que as meninas são amorosas (o rosa é uma das cores do chacra cardíaco) e os meninos fartam-se de falar (o azul é a cor do chacra da garganta)!
• O Feminino aceita o seu poder e expressa-o, enquanto a simbiose com a Deusa se mantiver. As suas manifestações são vias para incrementar a ligação à Terra e aumentar a percepção dos Reinos Coadjuvantes.
É preciso ter cuidado com as palavras, quando falamos de poder. Isto não tem a ver com o ego; tem a ver com a capacidade de criar. Esse é o poder do Feminino que não precisa de ser afirmado; simplesmente é. A Deusa, para se expressar na Terra, não precisa de gritar; está disponível todos os dias para todos nós – quer a aceitemos, quer não. É uma doação incondicional. É essa expressão que homens e mulheres têm de reconhecer e expressar. Tudo isto, é claro, implica que algumas coisas tenham de sair do caminho!
« … e expressa-o enquanto a simbiose com a Deusa se mantiver.» Ou seja, assim que o ego entra no jogo – o que significa que a simbiose com a Deusa se perdeu – passa a ser outra coisa qualquer. Não é poder, não expressa a energia da Deusa nem da Matriz do Feminino.
« … As suas manifestações são vias para incrementar a ligação à Terra e aumentar a percepção dos Reinos Coadjuvantes.» Ou seja, a manifestação do Feminino permite-nos fazer a ligação entre a Terra e os seus Reinos Coadjuvantes. Não podemos dizer que as mulheres são mais sensíveis que os homens aos Reinos Coadjuvantes e ao planeta. Na verdade, há mulheres para quem esta realidade passa completamente ao lado, e há homens bem despertos para ela, expressando-a de uma forma muito equilibrada.
Naturalmente, o facto de certos homens terem a expressão do Feminino mais apurada do que certas mulheres, nada tem a ver com a sua orientação sexual. São pessoas cuja vertente feminina está desenvolvida e, eventualmente, equilibrada com a vertente masculina.
• O Feminino cria através da energia telúrica e da sexualidade. Se a mulher não usar todos os planos do ser, o seu poder de criação fica comprometido. O seu corpo, templo sagrado, não pode ser conspurcado por emoções negativas ou escolhas vibracionalmente menos elevadas.
À primeira vista, isto pode parecer uma enorme utopia. É por isso que nós somos excelentes especialistas em criação negativa! E porquê? Porque homens e mulheres não usam todos os planos do ser. Não usam, sequer, aqueles a que têm acesso, quanto mais os outros, que estão inacessíveis devido à manipulação genética. Na base desta inoperância está o medo, donde deriva a facilidade com que nos deixamos manipular pelos artifícios da sociedade e nos manipulamos uns aos outros. Em termos de respeito humano, nós vivemos num esgoto. O que é desagradável é que nem sequer nos apercebemos disso. Basta reparar nas nossas relações, sejam de que géneros forem. As regras do desrespeito estão profundamente cimentadas em nós, mas temo-las como normais.
« … O seu corpo, templo sagrado, não pode ser conspurcado por emoções negativas ou escolhas vibracionalmente menos elevadas.» Bom, o corpo não pode ser conspurcado, mas é. Primeiro, porque ainda estamos à mercê de uma série de emoções negativas – muitas vezes atiradas por
outros para cima de nós, via telefone, na pastelaria ou ao virar da esquina. Todo esse lixo vibracional fervilha à nossa volta, como moscas em carne podre; segundo, porque o nosso baixo grau de consciência convida-nos a fazer escolhas vibracionalmente menos elevadas. É neste sentido que eu digo que este Código é, de alguma maneira, um projeto para o futuro. A maioria, salvo algumas exceções, não está vocacionada para ter este código como uma realidade
permanente. Quando vocês olham para este código – e os outros que temos divulgado -, não vos parece que estão muito longe de serem capazes de os pôr em prática? É bom que tenhamos essa consciência, para não nos enganarmos a nós próprios. Seja como for, pelo menos, temos a vantagem de saber para onde devemos orientar os nossos esforços de desenvolvimento interno. Há muitos caminhos e todos eles vão dar ao mesmo sítio; uns são mais curtos, outros mais
longos, mas todos vão dar onde temos de chegar.
Já não se pode dizer que esta sociedade sofre de falta de valores. Não, não sofre. Quem sofre de falta de valores decentes somos nós, individualmente! Se dispuséssemos deles, o mundo não estava como está. Se nós, seguindo o conselho da avozinha, metêssemos a mão na consciência, logo descortinaríamos os valores essenciais. Eles sempre existiram, mas agora há uma forte pressão para os pormos em prática.
Cada vez é mais premente que nos habituemos a expressá-los; se não nos empenharmos nesse sentido, é muito forte a probabilidade de nos sentirmos mal, de ficarmos desequilibrados e até doentes.
• O Feminino é um portal de acesso à Grande Mãe Cósmica. Mas nem todas as mulheres, devido a graves desequilíbrios, são expressão dessa energia. Assim, a mulher que se deixar manipular, controlar ou submeter, corre o risco de nunca chegar a contactar com essa realidade.
Cara amiga, vejamos a questão essencial: que realidade andas tu a expressar? São as exigências da casa, dos filhos, do emprego, e outros itens do dito mundo real? Não estou a dizer que tudo isso é negativo; faz parte da vida humana.
Mas não é o essencial. O desafio é seres capaz de viver esses aspetos da expressão da vida, como um canal da energia da Deusa. Enquanto tal não acontecer, continuas a ser um canal, mas da energia da matriz de controlo, que se baseia no medo e na manipulação. Nós gostamos muito de nos colocar na posição da vítima, porque nos submetemos e porque nos deixamos condicionar. Mas também seduzimos e manipulamos, muitas vezes sem consciência do que estamos a fazer. A chantagem – que é uma forma de manipulação -, está muito bem mascarada. Muitas vezes só ganhamos consciência dela quando nos apercebemos de que manipulamos para conseguirmos o que queremos. Depois, ficamos admiradas com as reações, por exemplo, das crianças e dos jovens. Por isso é tão difícil educar uma criança, seja na escola ou em casa. Eles vieram para acabar com o controlo e a manipulação. Se nós não os deixarmos fazer isso de forma harmónica, teremos de nos confrontar com as situações desafiadores criadas pelas forças de atrito. Nós só temos que reconhecer que assim é e modificar a nossa postura. Por vezes, somos permissivos porque é mais confortável.
10.2. CÓDIGO DO MASCULINO (E DO HOMEM)
• A Matriz do Masculino, ao saber que o Amor Integral sustenta a vida do planeta, aceita todas as expressões da Matriz do Feminino. Quanto maior for a aceitação do homem, maior será o seu brilho.
Aqui temos, de novo, a aceitação como parte integrante da Matriz do Masculino. Portanto, quando se passa da Matriz do Masculino, que é a parte teórica, para o homem, que é a parte prática, há que aceitar todas as expressões da Matriz do Feminino, ou seja, das mulheres. Não temos, é claro, de conviver com algumas delas, pois o Amor Integral não requer convivência. Por regra, temos de compreender todas as maneiras de ser, mas não temos de conviver com insanidades. Essa é a grande diferença. Há muita gente que ainda não percebeu isto, porque acha que a «aceitação» significa «aguentar». Não é. Aguentar uma situação incómoda é uma falta de respeito por nós próprios. Ora, se não nos respeitamos, como queremos viver condignamente? Não admira que outros também não nos respeitem. No âmbito dos relacionamentos é muito frequente.
. O Masculino entrega ao Feminino o brilho das suas ideias, a sua estrutura e a sua semente. E, sem exigir nada em troca, permite que o Feminino crie vida a partir dessas dádivas.
Tudo isto tem a ver com Entrega Total, cujo Código vocês já conhecem. Na maior parte das vezes, porém, o Masculino, por estar corrompido, dá e, depois, cobra. E a mulher, respondendo à cobrança, regra geral, submete-se mais ou menos passivamente. Mesmo quando refila, é raro ganhar a contenda. No fundo, ambos anulam o seu poder: ele, porque o usou para subjugar; ela, porque não o usou devidamente.
………..continua
ÍNDICE
Acerca de ANURA 9
Introdução 13
1. A alma gémea. Suas ilusões e projeções 21
1.1. Acerca dos contratos 25
1.2. O desenvolvimento dos potenciais 30
2. As parcerias 36
2.1. Os vários tipos de parcerias 36
2.2. As parcerias ao longo do tempo .42
2.3. Os triângulos amorosos .47
2.4. A sacralidade das relações 51
2.5. A Vida responde ao chamamento da Deusa 60
3. A origem da raça humana e as civilizações da Terra 63
4. Sete estruturas vibracionais 67
5. As parcerias afetivas 83
5.1. Introdução 83
5.2. A elevação da consciência pelo Amor Integral 96
5.4. Código da Entrega Total 123
5.5. Exercício da teia com os cristais da Terra 126
6 O ego e a autotransformação 131
7. Código da Cocriação 135
7.1 Algumas perguntas 141
8. Sobre as mulheres 152
8.1. A Matriz do Feminino 152
8.2. A Mulher/Deusa e o Poder do Céu 159
8.3. A Mulher/Deusa e o Poder da Terra 161
8.4. A Alma Feminina 163
9. Sobre os homens 166
9.1. A Matriz do Masculino 170
9.2. O Homem/Deus e o Poder do Céu 173
9.3. O Homem/Deus e o Poder da Terra 174
10. Código do Feminino e do Masculino 176
10.1. Código do Feminino (e da Mulher) 176
10.2. Código do Masculino (e do Homem) 185
11. O equilíbrio das Matrizes do Masculino e do Feminino 192
12. Código da Nova Família 200
13. A sexualidade sagrada 224
13.1. Introdução 224
13.2. A energia sexual 227
13.3. A relação com o corpo 230
13.4. A sexualidade e a masturbação 232
14. O Código da Sexualidade 234
14.1. O trabalho em grupo 257
15. Código do Aspirante à Ascensão 261
15.1. Algumas perguntas
16. As Novas Crianças 290
16.1. Sobre o aborto 290
16.2. As crianças são o futuro da humanidade. 294
16.3. As Novas Crianças 296 .
16.4. Tópicos essenciais 302
16.5. Perguntas pertinentes 305
17. Ritual dos Cinco Elementos 312
Epílogo 314
ANURA/Pai apresenta-se 314
Última dica ao leitor 331