SINOPSE
«A feliciadde é como uma bola atrás da qual as pessoas correm, mas, no momento de a agarrarem, dão-lhe um pontapé… para poderem continuar a correr atrás dela!
Porque é nessa corrida que cada um se sente estimulado; é nessa busca, nesse empenho para alcançar o objetivo, que se encontra a felicidade.
Quando se acaba por obter o que se desejava, vive-se, é claro, um momento de felicidade, mas logo depois sente-se um vazio, tem-se vontade de procurar outra coisa… Nunca se está satisfeito. Então, o que deveis fazer? Pôr-vos à procura do que está mais longe e é mais irrealizável: a perfeição, a imensidão, a eternidade; e pelo caminho encontrareis tudo o resto: o conhecimento, a riqueza, o poder, o amor… Sim, obtereis tudo isso mesmo sem o pedir.»
I CAPÍTULO
A FELICIDADE: UM DOM A CULTIVAR
Os humanos vêm à terra com certas aspirações:
têm necessidade de amar e ser amados, têm
necessidade de conhecer, têm necessidade de
criar, e chamam felicidade à realização dessas
aspirações. Mas, para as realizarem, terão de
acrescentar continuamente alguma coisa à
bagagem com que chegaram, porque, para se
obter aquilo que se deseja, não basta desejar. Eles
desejam amar e ser amados, mas encontram‑se
sozinhos e desiludidos… Desejam compreender,
mas são sempre tão limitados e estão sempre tão
desorientados… Desejam criar, mas só conseguem
fazer gárgulas. Para conseguirem realizar todas
essas aspirações, eles têm de fazer uma longa
aprendizagem sob a orientação de um instrutor
que os conduza na via do verdadeiro amor, da
verdadeira compreensão e da verdadeira criação.
Todos os seres humanos querem a felicidade,
mas não sabem como obtê‑la
e nem sequer
imaginam que, para isso, há um trabalho a fazer,
uma disciplina a seguir. Eles pensam que, pelo
facto de terem chegado à terra e de comerem,
beberem, dormirem, passearem, terem ocupações e
filhos, devem automaticamente ser felizes. Mas os
animais têm mais ou menos as mesmas atividades…
Para se ser feliz, há um certo número de coisas a
fazer… e outras a não fazer! A felicidade é como
um dom que cada um deve cultivar. Enquanto
esse dom não for cultivado, nada se obtém. É
exatamente como os dons artísticos: até as pessoas
mais dotadas para a música, para a pintura, para
a dança, etc., nada realizarão se não trabalharem
todos os dias com afinco para cultivar esses dons.
Se quiserdes a felicidade, não fiqueis parados
sem nada fazer, ide em busca dos elementos que
vos permitirão alimentá‑la.
Esses elementos
pertencem ao mundo divino e, quando os tiverdes
encontrado, amareis o mundo inteiro e sereis
amados, possuireis uma melhor compreensão
das coisas e, por fim, tereis o poder de agir e de
realizar.
ÍNDICE
I A felicidade: um dom a cultivar ……………. 7
II A felicidade não é o prazer …………………… 11
III A felicidade está no trabalho ………………… 23
IV A filosofia do esforço ………………………….. 31
V É a luz que faz a felicidade …………………… 41
VI O sentido da vida ………………………………… 53
VII Paz e felicidade …………………………………… 63
VIII Para serdes felizes, sede vivos! …………….. 77
IX Elevar‑se
acima das condições ……………… 87
X Desenvolver a sensibilidade
ao mundo divino …………………………………. 103
XI A terra de Canaã …………………………………. 113
XII O espírito está acima das leis do destino … 119
XIII Procurar a felicidade no alto …………………. 133
XIV Procura da felicidade, procura de Deus ….. 141
XV Não há felicidade para os egoístas …………. 149
XVI Dai sem nada esperar …………………………… 157
XVII Amai sem esperar ser amados ………………. 165
XVIII A utilidade dos inimigos ………………………. 173
XIX O jardim das almas e dos espíritos ………… 179
XX A fusão nos planos superiores ………………. 187
XXI Nós somos os criadores
do nosso futuro …………………………………… 201