Reprodução comemorativa do leilão da livraria do Exmo. Sr. Carlos de Macedo Branco, em que se vendeu um exemplar dessa raríssima espécie camiliana.
Para a venda fêz-se desta reprodução uma tiragem especial de 60 exemplares numerados.
€30.00
Peso | 23 g |
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Ano | 1927 |
Edição | 1 |
Idioma | |
Formato | In-folio |
N. Pág. | 12 |
Colecção |
Reprodução comemorativa do leilão da livraria do Exmo. Sr. Carlos de Macedo Branco, em que se vendeu um exemplar dessa raríssima espécie camiliana.
Para a venda fêz-se desta reprodução uma tiragem especial de 60 exemplares numerados.
INTRODUÇÃO
Este jornal é a estrella matutina d’um novo dia de civilização. Nasce, como Galileu, disposto a desmentir os prejuizos do século. Vai como Christóvam Colombo, accender o fosforo das luzes nas plagas escuras da ignorância. Desce, como Promotheu, com a candeia da sciencia, arrebatada da cozinha dos deuses.
O redactordeste jornal tem a modéstia de comparar-se com Newton. O nariz do célebre inglez descobriu a attração dos corpos, no momento solene em que uma maçã reineta lhe cahiu em cima. Ora o nariz do redactor deste jornal, sem desfazer no nariz de ninguem, tem alguma cousa de providencial. Desde muito que o antigo juiz das almas de Campanhã sentia que o fardo enorme das das attrocidades do genero humano lhe pesava no nariz. Isto, que parece um absurdo, reprovado em fysica, pela theoria das alavancas, não é um caso novo. O duque de Choiseul dizia que tinha um jesuita constantemente montado no nariz. Devemos acredital-o. Eu tenho sentido a realidade deste fe´nomeno, a resspeito de muitos, que não posso intitular jesuitas, porque o crime dos jesuitas era o talento, e o pesadelo que me mortifica é a estupidez quadrada dos que me pesam no nariz.