MEDICINA NATURAL E ALTERNATIVA
A SAÚDE PELAS CURAS E TERAPIAS NATURAIS
A Terra não é uma herança dos nossos pais, mas um presente aos nossos filhos
Antigo Refrão Índio
INTRODUÇÃO
Esta primeira parte que irei agora evidenciar, é claro, de forma muito resumida, trata, primeiro, da História da Medicina, além da medicina natural e alternativa, assim como das suas curas e tratamentos naturais e esotéricos. Terá de ser tratada, como se diz, de forma muito resumida, pois, muitos temas não foram mencionados, por não ser possível expô-los, sendo que este assunto fundamental ocuparia na generalidade a escrita de muitos livros.
A medicina não pode ser fundamentada em dogmas absolutos, visto que cada pessoa reage de formas diferentes, de acordo com a sua genética e com os diversos ambientes em que vive. Da mesma forma as doenças podem ter diversas causas e consequências variadas em indivíduos diferentes. Por conseguinte, a medicina deve ser constituída por um saber e estudo minuciosos e precisos, a fim de prescrever tratamentos exactos para cada pessoa, procurando obter um conhecimento rigoroso sobre o homem e o que ele é, e estabelecer as causas que o envolvem e de onde vieram.
Hoje, o progresso da medicina moderna, no mundo Ocidental, tem-se dado, em especial, de forma muito rápida, através de inúmeras descobertas, de novas solicitações ou desenvolvimento do conhecimento já existente, assim como as novas correlações de factos científicos a acontecerem tão rapidamente, e em tal quantidade, que até mesmo os médicos mais qualificados e conscienciosos encontram dificuldade em acompanhar o progresso de todos os últimos avanços. É de certo modo um pequeno prodígio, sendo que até um leigo médio considera alguns dos recentes desenvolvimentos médicos como sendo quase milagrosos e sente-se cada vez mais dependente das temáticas da medicina. O seu interesse tem sido em grande parte estimulado pelas notícias e discussões centralizadas nos aspectos sociais e económicos da medicina, tais como no grande crescimento nacional de seguros voluntários de saúde e, por outro lado, nos planos compulsoriamente controlados dos seguros de saúde. Todavia, a medicina tradicional está, no presente, muito ligada às grandes Farmacêuticas, que têm apoio dos governos, e à grande dependência de medicamentos químicos muito potentes, que estabelecem curas quase milagrosas e mais rápidas, mas que contêm também outros efeitos adversos para a saúde humana. Paradoxalmente, o que cura uma coisa faz mal a outras, e torna depois o homem dependente da toma de outros químicos necessários para a cura de outras doenças, criando assim um ciclo vicioso até ao término da sua existência.
Embora a medicina ocidental ortodoxa e alopática seja um edifício sólido e repleto de méritos, verificamos que hoje as pessoas estão a sentir uma grande necessidade de retroceder ao passado e começam a interessar-se pela medicina natural, como uma opção à medicina ortodoxa, uma vez que as terapias não convencionais estão cada vez mais populares. Além disso, e coadjuvante a ambas as medicinas, torna-se possível, de alguma forma, sermos médicos de nós próprios, porque todos possuímos o poder da cura em nós para nos curarmos e aos outros. Isto não significa que tenhamos de negligenciar a importância dos diagnósticos e dos remédios científicos, assim como a evidência de que há certas pessoas com o dom de curar e aliviar alguns males, contudo, temos de reconhecer que o doente é o principal médico da sua própria cura. Na verdade, o aparecimento de qualquer problema físico deve incitar-nos a procurar em nós mesmos o que não está bem sob o ponto de vista psicológico, porque a doença é, sem dúvida, uma mensagem enviada pelo nosso sistema que nos alerta. Por isso, o essencial para nos curarmos, será recuperar a harmonia e o equilíbrio de todo esse sistema, sendo que este método consiste no princípio de que é impossível desagregar a nossa saúde física do bem-estar físico e psicológico, emotivo e mental.
Em alguns países, uma grande parte da população recorre a tratamentos não convencionais de cura, ainda que esses métodos sejam bem diferentes uns dos outros, inclusive nos resultados. De qualquer modo, há algo mais ou menos em comum entre quase todos, pois administram a percepção do corpo tal como dizia Hipócrates, porque não somos máquinas, mas sim organismos vivos, repletos de partes interdependentes. O médico e filósofo Hipócrates, o pai da medicina ocidental, gostava de repetir, enquanto cuidava dos seus pacientes que “o homem é uma parte integral do cosmos e só a natureza pode tratar os seus males”. Ele queria demonstrar que as causas das doenças eram naturais, e não castigos divinos, como se acreditava naquela época, e tentava lembrar que o equilíbrio e a saúde do corpo estão directamente ligados ao nosso comportamento e ao ambiente em que vivemos.
No entanto, o uso cada vez maior de tratamentos alternativos, quer sejam como opção à medicina ortodoxa, ou como complemento a ela, não indica que as mesmas sejam eficientes. Certo é que presentemente as duas medicinas têm-se aproximado muito e admitem a possibilidade de incorporar características uma da outra. As duas têm aspectos positivos e negativos. De acordo com um discurso de Xiang Ping, reitor da Universidade de Medicina Tradicional Chinesa, em Nanquim, a medicina ocidental baseia-se em análises e radiografias, contudo, não aborda o todo orgânico. Já, no caso da medicina oriental e tradicional chinesa, a mesma é mais eficaz ao regulamentar todo o corpo. Na sua opinião, combinar as duas medicinas seria perfeito e muito benéfico para as pessoas.
Uma das principais vantagens de muitas técnicas alternativas, em relação à ortodoxia médica, é de que veem o corpo como um organismo interligado, e que não pode, por isso, ser subdividido em partes independentes. Quando na medicina ortodoxa, os médicos veem a “doença do paciente” e não “uma pessoa com uma doença”, na visão da medicina alternativa “não existem doenças mas sim doentes”.
Todavia, há casos em que a medicina alternativa não resolve os problemas, pode é preveni-los, como complemento, antes que se agravem e sob controlo médico. É o caso de doenças crónicas, e em situações urgentes ou das que estão sob controlo médico restrito, tal como as doenças cardiovasculares, as infecciosas, os diabetes, e outras em que haja lesões orgânicas. No caso de doenças graves, tais como doentes oncológicos que não querem usar a quimioterapia ou a radioterapia, e preferem cingir-se a tratamentos naturais, que lhes podem dar mais bem-estar, a maior parte das vezes não resulta, ainda que tenham uma alimentação mais natural, visto que a terapia é muito lenta, e a situação já era muito grave. Quanto às doenças agudas graves, as terapias alternativas não resultam de maneira nenhuma, isto é, no caso das pneumonias, apendicite, tuberculose ou patologias de tratamento cirúrgico obrigatório.
Na antiguidade a medicina estava ligada à filosofia, todavia, como saber rigoroso teve de se separar da filosofia para poder preservar a sua parte científica, uma vez que a filosofia vai buscar a essência comum à totalidade do homem e a medicina tinha necessidade de produzir conhecimentos específicos para cada indivíduo e para cada doença.
A história da Medicina Alternativa data de há muitos séculos, isto é, de há aproximadamente 6000 anos, na região oriental do globo, e de 2300 anos na região ocidental. Os seus conceitos são mencionados nas antigas escrituras da Índia, China e Egipto, e na maior parte das civilizações antigas da História do nosso planeta Terra. As evidências históricas referem que, apesar do nome das diferentes medicinas alternativas diferir, os procedimentos eram os mesmos. Consequentemente, o conceito de medicina alternativa prevaleceu tanto na parte Oriental como na parte Ocidental do globo e, actualmente, a mesma continua a ser praticada tanto nos Países Asiáticos, como na Índia e na China por mais de 6000 anos.
Nos tempos antigos, as pessoas usavam-na para tratar uma diversidade de doenças e vários distúrbios de saúde. Contudo, durante algum tempo da história ela foi ofuscada pela popularidade da medicina convencional, mas, no tempo presente, a sua popularidade voltou a crescer de modo muito rápido. A medicina alternativa faz uso de abordagens holísticas no tratamento de diferentes sintomas de várias doenças e distúrbios. E, ao contrário da medicina tradicional, não usa medicamentos, cirurgias e outros procedimentos médicos. Portanto, ela concentra-se, geralmente, na restauração da saúde de todo o corpo, no fortalecimento do sistema imunológico e, em curar a doença ou doenças no processo de forma gradual, utilizando não só substâncias naturais, como também os meios naturais para trata-las.
Ela baseia-se no homem, como fazendo parte da Natureza, e está sujeito às suas leis, como qualquer outro ser vivo. Esta imutável máxima faz-nos crer que os poderosos agentes da Natureza são, sem dúvida, o melhor método de cura, colocado por Deus à disposição da humanidade. Estes agentes são: a alimentação saudável, o ar, a luz solar, a água, a argila (terra curativa), e os exercícios físicos. A medicina alternativa sugere, em especial, o uso dos alimentos saudáveis porque promovem a vida, sendo que o maior desafio será consciencializar o mundo de que a falta de cuidado à mesa mata mais do que a guerra.
Em suma, a Medicina Alternativa e Complementar é o conjunto de diversos sistemas, práticas e resultados naturais médicos e de atenção à saúde, que não são vistos, actualmente, como parte da medicina convencional. É considerada “medicina alternativa”, quando esta terapêutica substitui a terapia alopática, e de medicina complementar, quando é usada ao mesmo tempo que a alternativa. È importante salientar que a (OMS) Organização Mundial de Saúde estimula o uso destas práticas nos sistemas de saúde, de forma integrada à Medicina Alopática, aconselhando o desenvolvimento de políticas que obedeçam a requisitos de segurança, eficácia, qualidade, uso e acesso.
O termo Medicina Alternativa ou Terapia Alternativa é vulgarmente usado para descrever práticas médicas diversas da medicina baseada na evidência. Ela também difere das medicinas antigas que têm base na tradição. O termo alopatia, como é em geral chamada a medicina convencional pelos homeopatas, refere-se ao aforismo de Hipócrates (460-370 a.C.) da cura pelo contrário, e foi proposto por Samuel Hahnemann (1755-1843), fundador da homeopatia, em 1779, como uma oposição ao princípio de “cura pelo semelhante”, da homeopatia, que, também, fora estabelecido por Hipócrates. Assiste-se, assim a uma retoma à antiga discussão galénico-hipocrática da história da medicina. Alguns pesquisadores de história da medicina e sociologia médica indicam que uma definição mais adequada para a Medicina Alternativa seria o conjunto de práticas de diagnose e terapia sem a apropriada validação científica. Ou, que sejam consideradas inacessíveis ao método científico experimental, o que neste último caso podem ocorrer, por mecanismos fisiológicos não conhecidos, nas práticas de cura via métodos metafísicos e espirituais, diferentes das práticas médicas convencionais.
A partir do século XVII, quando as ideias do filósofo René Descartes começaram a influenciar a ciência, os tratamentos médicos passaram a ver o corpo humano como uma máquina em que cada parte tinha uma função específica e independente. Para Descartes, ao entender-se cada uma das partes, poderia entender-se o todo. Era tão simples como isso, levando a medicina moderna a esquecer o conselho de Hipócrates, a erguer-se sobre esse pressuposto e, ainda, se encontra bastante apoiada nele. Todavia, hoje, a teoria de Descartes já não faz muito sentido. A ciência, mais que provou a intrínseca relação entre a mente e o corpo, e as suas consequências para a saúde humana. Fica, então, claro que isolar uma parte do corpo e desconsiderar o resto é a receita garantida para os efeitos colaterais inesperados.
Nos séculos passados, o uso da medicina alternativa era predominante na Europa e na América, pelo que a naturopatia, o uso das ervas, e a hidroterapia eram formas comuns no tratamento das doenças. A homeopatia foi introduzida, no século XIX, pelo médico alemão Dr. Samuel Hahnemann e foi também utilizada em muitos países ocidentais. No entanto, a homeopatia foi originalmente descoberta e praticada primeiro pelo médico grego Hipócrates, que foi conhecido pelo Pai da Medicina. Entretanto, a revolução científica, no século XIX, deu origem às descobertas científicas que levaram à criação da medicina convencional. Desde aí, foram feitas outras descobertas, e, então, foram desenvolvidos medicamentos mais convencionais. Infelizmente, a revolução científica levou ao declínio do uso da medicina alternativa, e apareceram muitos médicos convencionais, que substituíram a popularidade dos médicos homeopatas e dos curandeiros.
A medicina natural e alternativa compreende a Naturopatia, a Homeopatia, a Nutrição, a Medicina tradicional milenar Chinesa, a Fitoterapia, a Acupunctura, a Reflexologia, a Quiroprática ou Quiropraxia, a Osteopatia, a Aromaterapia, a Hidroterapia, a Medicina Ayurveda, o Reiki, e outras.
ÍNDICE:
Prefácio do Autor
PARTE I
Medicina Natural e Alternativa
– A História da Medicina – Curas e Terapias Naturais e Esotéricas
Medicina Natural e Alternativa – A Saúde pelas Curas Naturais
– Introdução
– A História de Medicina
– De Regresso ao Passado
– Antiguidade Oriental
– A Evolução da Medicina da pré-história ao Egipto Antigo
– Antiguidade da Medicina na História Universal
– Mesopotâmia, os Sumérios e Acadianos, Amoritas, Assírios e Caldeus
– O Conceito Mesopotâmico para a Doença e para a Cura
– Os profissionais da Medicina Mesopotâmica
– Em que consistia o Código Hamurabi
– A Medicina no Antigo Egipto
– Práticas médicas
– Fármacos usados
– A Religião, a magia e os amuletos
– A Medicina na Antiga Índia
– Expansão da Ciência Ayurveda
– Divisões do Sistema Ayurveda
– Regulamentos dietéticos
– Tipos de doenças dos ensinamentos Ayurveda
– Medicina Milenar e Tradicional Chinesa
– A sua Antiguidade de 2200 anos a.C.
– O Imperador Amarelo e o Imperador Fogo
– Os povos Shang mais antigos da China
– A Dinastia Zhou ou Chou (1100-221 a.C.)
– A Medicina Clássica do Imperador Amarelo – “Huang Di Nei Jung”
– A Revolução Cultural e a política de reforma de Mao Zedong
– A Antiguidade da Medicina Ocidental
– A Medicina na Grécia Antiga
– Hipócrates – o Pai da Medicina
– O Juramento de Hipócrates
– A Mitologia Grega
– Asclépio ou Esculápio, o deus da Medicina
– As suas Curas
– O bastão de Asclépio
– Símbolos e significados da Medicina
– Paracelso o famoso Médico e Alquimista
– Paracelso, o Médico Alquimista
– A sua Vida e ligação à Natureza
– Paracelso, o médico e alquimista
– A Teoria das Três Substâncias
– Tese sobre os Três Princípios
– Tratado das Doenças Invisíveis
– As causas das Doenças, segundo Paracelso
– Morte de Paracelso
– Medicina Natural e Alternativa
Terapias e Curas Naturais e Esotéricas
– Terapias Antigas Orientais e Ocidentais
– A Medicina e Terapia Ayurveda
– Os “Doshas”
– Acupunctura e outras Terapias Chinesas
– Origem e evolução da Acupunctura
– A Fitoterapia Chinesa
– Classificação das propriedades das Plantas
– O método de “Qi”, “Ki”, “Shi” (Prana ou Energia)
– A Fitoterapia Ocidental
– O Yoga
– A Origem do Yoga
– O Yoga e as divisões do Hinduísmo
– Algumas modalidades de Yoga
– A Naturopatia
– A Homeopatia
– A Osteopatia
– A Quiropraxia ou Quiroprática
– Medicina e Tratamentos Esotéricos
– A Medicina Universal Oculta
– A Medicina Esotérica
– A causa das doenças
– O Yoga Esotérico
– Conjurações
– Degenerações da Medicina Moderna
– A Cura Esotérica
– Causas e Curas dos cinco grupos principais de enfermidade
– A Lei da Retribuição
– A Lei Cíclica
– Os processos da Morte
– A Cura e os Curadores
– Uma visão Esotérica sobre as Drogas e o Alcoolismo
– As Drogas
– O Alcoolismo
– Como ajudar a regenerar o drogado
– O Pranayama do Sol
– Alguns exercícios de Pranayama
PARTE II
O Vegetarianismo e os seus Benefícios
– Introdução
– As Diversas Categorias de Vegetarianismo
– O Homem deveria ser vegetariano
– Questões de Saúde
– Questões Económicas e Ambientais
– Questões Económicas
– Questões Ambientais e Ecológicas
– Questões Éticas e Espirituais
– O Vegetarianismo numa Perspectiva Teosófica
– Razões Ocultas
– O Direito dos Animais
– O Vegetarianismo na Bíblia e na História das Religiões
– O Vegetarianismo na Bíblia
– O Vegetarianismo nas outras Religiões
– Jesus era Vegetariano
– Depoimento de vegetarianos famosos
PARTE III
Os Grupos Sanguíneos e a Nutrição
– Os Grupos Sanguíneos A, B, AB, O e a Nutrição
– História sobre os Grupos Sanguíneos A, B, AB e O, e a Nutrição
– Percurso Antropológico e Evolutivo, segundo o Tipo Sanguíneo
– Antropologia e Classificação Racial dos Tipos de sangue
– A Importância dos Tipos Sanguíneos “A, B, AB, O”
– Relação do Tipo de Sangue com a Saúde e a Personalidade
– Grupo Sanguíneo A
– Grupo Sanguíneo B
– Grupo Sanguíneo AB
– Grupo Sanguíneo O
– Dieta dos Quatro Grupos Sanguíneos “O, A, B, AB”
– As problemáticas “Lectinas” – Proteína aglutinante perigosa
– Tipo Sanguíneo “O” – O Caçador
– A Dieta do Tipo O e os grupos alimentares
– Recomendações sobre Suplementos nutricionais
– Tipo Sanguíneo “A” – o Agricultor
– A Dieta do Tipo A e os grupos alimentares
– Recomendações sobre Suplementos nutricionais
– Tipo Sanguíneo “B” – o Nómada
– A Dieta do Tipo B e os grupos alimentares
– Recomendações sobre Suplementos nutricionais
– Tipo Sanguíneo “AB” – o Enigmático
– A Dieta do Tipo AB e os grupos alimentares
– Recomendações sobre Suplementos nutricionais
– Doenças originadas pela má nutrição
– Diabetes
– A Doença Celíaca ou intolerância ao Glúten
– Sintomas da Doença Celíaca
– Prevenção e Tratamento – Recomendações
– Outras recomendações e curiosidades, que podem contribuir para uma
Vida saudável e equilibrada
BIBLIOGRAFIA