Ir para o conteúdo Ir para rodapé

INICIAÇÃO À VIDA – 2

20.00

Informação adicional

Peso550 g
ISBN

978-989-8147-61-5

Ano

2011

Edição

1

Idioma

Formato

215×215

Encadernação

Capa dura

N. Pág.

87

Colecção

REF: 629 Categorias: , ID do produto: 23459
Partilhe:

INICIAÇÃO À VIDA 2 termina a história iniciada no INICIAÇÃO À VIDA. A nossa gratidão a todos os que ao longo destes anos continuaram a solicitar o “final da história”.

Efectivamente esta é a história de uma família comum, portuguesa, com 2 filhos, desenvolvendo-se ao longo do primeiro ano em que o filho mais velho inicia o primeiro período escolar. Tudo seria banal se este menino não fosse clarividente… A Escola frequentada pelo João e seus colegas é a Escola que as nossas crianças deveriam ter. Quem sabe, um dia não muito longo, as nossas Escolas serão como as da «Iniciação à Vida»?! Este é o sonho/desejo da autora.

Ilustração: Cátia Ramos

Lamentamos não poder inserir qualquer ilustração, por limitações informáticas.

Páginas 9 a 19:

Algum burburinho começava a fazer-se ouvir, quando o João, de pé, pediu se podia fazer uma sugestão.

– Claro que podes, diz lá o que é!

– Podemos fazer um presépio aqui na escola e, cada um de nós, trazia alguns brinquedos dos que temos em nossa casa, mas que não estejam estragados, para serem dados nas instituições que ajudam os outros meninos em que os pais têm mais dificuldades económicas, ou que até já não têm pais. Podíamos também trazer roupas que ainda estivessem boas mas já não nos servissem para dar a quem mais precisa. E cada um de nós podia fazer qualquer coisa que lhe custasse, e isso seria assim como um pequeno sacrifício, e o oferecesse ao Menino Jesus como presente de Natal.

Todos os meninos nem esperaram pela resposta da Senhora Professora e disseram logo que iriam pedir aos pais para trazerem as roupas e os brinquedos, mas isso do pequeno sacrifício é que era mais complicado… fazer o quê? E o Menino Jesus, como é que ia saber e que jeito lhe dava a Ele um sacrifício que cada menino fizesse?

Então o João explicou que os pequenos sacrifícios são pequenas renúncias: por exemplo, não comer um bombom, não responder com azedume quando não gostamos de alguma coisa que nos acontece, não jogar um jogo de que gostamos e empregar esse tempo a fazer qualquer coisa em benefício de alguém… há tantas coisitas simples que podem ser um pequeno sacrifício!..

Mas depois, no nosso coração, quando as oferecemos ao Menino Jesus, aos Mestres, a Deus, já não são sacrifício, são alegria, são Amor… e todos Eles os recebem com tanto carinho, e retribuem-nos com muito mais Amor que às vezes até parece que o coração se abre e fica enorme, assim, do tamanho do mundo!… e isso dá tanta felicidade!…(dizia o João, baixinho, com a voz ainda mais doce, ao mesmo tempo que um sorriso terno e um olhar distante, eram sinal evidente de que bem conhecia esse Amor…)

De novo o silêncio tomava conta daquela turma, porque os meninos e a Senhora Professora reparavam que quando o João falava daquela maneira, continuava a parecer que havia uma Luz que brilhava dentro e à volta dele e era impossível não reparar nesse pormenor e não escutar tudo quanto dizia! … ainda por cima sempre ouviram falar do Menino Jesus e de Deus, mas dos Mestres nunca tinham ouvido falar… quem são Eles, afinal, e onde estão e o que fazem?

Como o silêncio continuava, e lendo-lhes o pensamento, o João disse:

– Eu sei que não é costume falar-se assim, mas se a Senhora Professora quiser, podemos falar acerca dos Mestres, de onde Eles estão, e de muitas outras coisas!

– Claro, João, todos nós devemos falar na Escola de tudo o que contribua para o nosso desenvolvimento, porque não estamos aqui apenas para aprender a ler… sempre que seja oportuno, tu ou qualquer outro menino, pode falar de tudo o que quiser, está bem? Já agora, podias falar alguma coisa acerca desses Mestres, pois nunca ouvimos falar deles. Afinal onde é que eles estão? O que é que fazem? Nós podemos ir visitá-los?

Os Mestres, explicava o João, são pessoas que já foram como nós, mas que eram muito puras, muito boas. Utilizavam o tal Amor em todas as situações em que viveram, mas eu vou dizer como os meus Pais me ensinaram, para ser mais simples:

– Podemos imaginar que o Universo é como um grande Grupo que tem várias empresas, assim como aquelas onde muitos dos nossos Pais trabalham. Há um Presidente, o Conselho de Administração, os Directores, os Chefes dos departamentos, o pessoal dos escritórios, das fábricas, das cantinas, da limpeza, da segurança…

Faz de conta que Deus é o Presidente do Grupo Universo. Depois os Mestres, os Arcanjos, os Anjos, têm a seu cargo toda a orientação e protecção do Grupo e a Terra é uma das empresas deste Grupo Universo, que é composta pelos países e pelas pessoas que se distribuem por cada país. Eu acho que este, deve ser um trabalho muito difícil, com tantos países e tanta gente para orientar e proteger!… Talvez seja por causa de terem tanto trabalho e para nos orientarem melhor que os Mestres também têm Ordens e uma delas chama-se Ordem de Mariz.

Têm mesmo que ser muito sábios e muito bons, os Mestres, os Arcanjos e os Anjos!… Agora, ir visitá-los, eu acho que nós não podemos, mas parece que há quem possa e vá. Os meus Pais dizem que alguns dos Mestres vivem nas montanhas mais altas dos Himalaias, mas só Eles é que podem lá viver, porque lá há sempre neve e muito frio. É claro que os corpos Deles já não são como os nossos, para poderem viver ali. São corpos de energia e por isso as pessoas normalmente não os vêem, mas já há quem os veja e quem sinta a presença Deles. Eu acredito que é assim, porque nós também não vemos o ar e acreditamos que ele existe…

Os meus pais dizem também que Eles se reúnem pelo menos uma vez por ano num Festival, por altura da Lua Cheia de Maio e que neste Festival Eles enviam muita Energia de Amor para a Terra. Os meus Pais têm vários livros que se referem aos Mestres e a este Festival, como sendo um acontecimento maravilhoso e muito importante… É claro que este Festival não é como os nossos que vemos na televisão… Que pena que as pessoas não saibam todas disto, para beneficiarem ainda mais desta Energia e terem força para começarem a deixar de fazer tantos disparates…

A Senhora Professora e todos os meninos mantiveram-se silenciosos enquanto o João, com a postura que lhe era tão habitual em momentos como este, ia explicando, conforme sabia, da vida dos Mestres, de quem tanto ouvia falar em casa… Sempre parecia ver-se a mesma luz dentro e à volta dele quando assim falava!…

Passada a magia daquele instante, todos ficaram muito contentes, pois para além de finalmente saberem alguma coisa acerca dos tais Mestres, este ano o Natal iria ser vivido em verdadeiro espírito natalício. Ficou combinado que no último dia de aulas antes das férias, fariam a festa de Natal, entregando tudo nessa altura às Instituições de Solidariedade, que a Escola, entretanto, iria contactar. Quanto aos pequenos sacrifícios, isso faria parte da intimidade de cada um, como não poderia deixar de ser. Seria arranjada uma caixa parecida com um mealheiro.

Lá dentro, cada menino colocaria escrito o sacrifício que iria oferecer. Esse “mealheiro” ficaria colocado junto ao presépio e todos os papéis seriam queimados no dia da festa. Seria esse o presente de cada um para o Menino Jesus.

Parte final do livro:

Ao reparar nas crianças que iam entrando, a Senhora Professora ficou intrigada, pois nunca imaginou que um dia veria o Carlos abraçado a alguém… E ainda por cima, ao João!!!… Que milagre estaria a acontecer?!… e lembrou-se de ter lido em algum lugar que basta uma vela acesa dentro de uma sala às escuras para que deixe de haver escuridão e passe a haver penumbra, permitindo assim que se vejam os contornos dos objectos… assim é também com as pessoas… bastou o amor do João para fazer toda a diferença! Realmente o Amor a que ele sempre se referia e praticava operou verdadeiros milagres e isso era bem visível no comportamento geral dos alunos.

Os dias decorriam serenamente. O frio tinha passado e os jardins estavam deslumbrantes com o colorido de tantas flores! Algumas frutas já estavam a amadurecer nas árvores e outras estavam ainda em fase de crescimento, pois a Natureza é perfeita… Se amadurecessem todas ao mesmo tempo, estragavam-se porque não se podia comer tanta quantidade. Também este facto servia de ensinamento para as crianças, pois como as vêm sempre no supermercado, pensavam que elas estavam maduras nas árvores o ano inteiro.

Entretanto os pintainhos cresceram e a galinha deixou de os abrigar debaixo dela. As crianças aprenderam que à medida que cresciam, a galinha os obrigava a buscarem o seu próprio alimento e mudava o tom da voz para os chamar à atenção quando eles lhe desobedeciam… fazia lembrar os pais, em casa, quando eles também não lhes obedeciam… No ano seguinte, já teriam ovos postos pelas novas galinhas e assim, de vez em quando, podiam fazer bolos e biscoitos na Escola. Ia ser tão divertido!

Aproximava-se rapidamente o fim do ano lectivo e este ano, pela primeira vez na vida da Escola, todos os meninos passariam de classe! Toda a Escola sentia essa alegria, que se via estampada no rosto de toda a gente e, por isso mesmo, os Professores decidiram terminar as aulas fazendo uma grande festa.

Toda a gente colaborou na elaboração dos enfeites em papel colorido. Fizeram-se convites especiais para enviar aos Pais e familiares mais próximos. Prepararam-se poemas, uma peça de teatro e finalizar-se-ia com uma dança parecida com uma marcha, tão usada em Portugal nas festas dos Santos Populares, com arcos e balões. Então o João pediu à Senhora Professora se podia fazer o cartaz para a marcha da primeira classe. Ele e a Fátima iam à frente e seguravam um de cada lado o seu cartaz, bem esticado, para que toda a mensagem se lesse na perfeição…

AMOR
(Uma flor de lis ao centro, com corações desenhados no cartaz)
O VENCEDOR