Ir para o conteúdo Ir para rodapé

MULHERES SEM VOZ ( CIDÁLIA M. CORREIA)

Autor:Correia, Cidália M.

11.00

Informação adicional

Peso150 g
ISBN

978-989-8240-00-2

Ano

2008

Edição

1

Idioma

Formato

15×22, 5

Encadernação

Cartonada

N. Pág.

94

Colecção

REF: 525 Categoria: ID do produto: 23404
Partilhe:

Livro de poesia e prosa.

«Árvore
que no Outono
cobre o chão de folhas
escritas
de mulheres sem voz!
Mil folhas
escondem um corpo
sedento
de ser amado!
Cidália M. Correia

A Vigia dos olhos da eternidade
Antes que se elevem as mãos
que batam nos rostos inocentes.

Ante que as vozes
da mentira gritem.

Antes que os pés pisem
cobardemente as flores.

Em que tempo do teu passado
ficou o teu mundo?
Viraste as costas à realidade?

Deixa-te ir no voo da andorinha
à procura da tua primavera!

Mulher Saudade
Quantas vezes, acordas o teu adormecido de mulher?!
Sentes em teu redor o chamamento do teu feminino no teu mundo a saudade de desnudar a sensualidade que escondes por detrás da tua aparênci& vestida, pela máscara de deusa intocável!
Saudades de mulher!
Gritos abafados, choros disfarçados, palavras trocadas para encobrir, quer és!?
És mulher saudade, filha sem idade, ventre, mãe, terra, árvore, fruto que embala nos braços de tronco vestido as folhas de sentimentos adormecidos. amurmurarno silêncio os seus desejos de mulher!
Acorda o teu ser!
Deseja renascer tornando os teus sonhos mais profundos, na vontade de um querer!
Desejas sentir abraços de ternura, que não sentes.
Desejas ouvir palavras doces de emoções, que não chegam ao teu coração. Desejas sentir no teu corpo a urgência de toques de carícias feitos de malícias de amor!
Amor, saudades de mulher!
Que na cama sente a carne na sua carne num desejo intemporal que esvazia o prazer no vazio do amor.
A cama faz de ringue onde o corpo sente as mãos que a possuem percorrerem a nudez sem sentir o toque da ternura.
Corpo a corpo, palavras feitas, ditas e decoradas para confortar o silêncio! Tudo bem!
Mas, a saudade de palavras verdadeiras? Ausências de ti!
Estás ausente! Corpo na cama usado como adorno, indumentária de um relacionamento que habita connosco, o lar feito pela monotonia de uma sociedade de fachada, nome ou estatuto, referência decorada pela importância de um castelo de papel; o medo!
O medo de ser mulher!
A mulher que respira dor ou amor, grito ou silêncio, amor, emoção. Desejo ou solidão?
Antes de mulher és essência, dona de um mundo teu, o teu ser. Antes de mulher existes como vida, posta no mundo, parida para te tornares gente!
Sente o cheiro, em teu redor vida, natureza, terra, chão tempo ou mar que existe no teu mundo pessoal, fazes parte dele e ele de ti!
Mas, nasceste mulher e como mulher trazes a sensualidade, o ventre que te torna templo de uma profecia, mãe! Es mãe de ventre; boa ou má mãe!?
Só tu deves descobrir tens a missão de querer pôr no mundo ou não outra vida, outra essência que te torna um ser, gente.
A continuação da vida na terra!
A continuação de ti como testemunho que deixas quando te tornares livre de um corpo que se deita à terra e se mistura tornando-se pó.
Mas, mãe é um caminho traçado pela natureza que deseja continuar a habitar o mundo.
A mãe é como a águia que vigia do alto da montanha o mundo, no seu instinto abraça, embala e protege ou não o fruto do seu ventre.
Mãe árvore que se mantém de pé nos bons e maus momentos, nas horas que caminha lado a lado com as palavras que fazem nascer um lar. O lar que tu criaste na tua vida; nasce um ser, tornas-te gente, transportas o ventre que te torna mãe e descobres-te mulher.
Mulher!
Mulher, despertas na juventude a primavera de um jardim encantado de cheiros embriagados, de aromas enfeitiçados que no calor de um tempo ameno torna a ternura em desejo desperto pela urgência de um fogo que acende a chama que te torna mulher, mulher vulcão, fogo, lava, furacão que no vento das emoções transporta a essência de mulher; então, no jardim de encanto, na primavera da vida tornas-te rosa perfumada, mulher desejada, princesa encantada na juventude que ilumina o amor.
Trazes nos olhos a inocência de seres encantados, despes o teu manto e tornas-te corpo delineado pela sensualidade de um feminino desperto, oásis no meio do deserto.
Embalaste a vida numa aventura destemida em busca de saciar a sede, na travessia do teu deserto.
Encanto feminino na dança da paixão desafia o menino que no seu trono de guerreiro se encanta no jogo da sedução e torna-se em encanto o desejo da união.
Corpo a corpo, faminto de descobrir outras emoções, escondidas, adormecidas, prontas a despertar.
Mulher fogo que desperta, homem em alerta à espera de conquistar.
Onde estás tu? Sonhadora, sedutora, mulher furacão; sentes-te de novo mulher?
Deixa a saudade e torna-te de novo verdade.
Descobre em ti amor transforma-o em força viva; na urgência de despertar as emoções que um dia adormeceram deixando de ser mulher!
Diz as palavras que calaste para aceitar os outros. Faz os gestos que paraste, para não demonstrar o teu sentir. Ouve, no teu coração o bater das emoções aceitando ouvi-las. Exige a ti própria viver, pela verdade do teu coração. Não deixes o mundo comprar os teus sonhos e tomá-los vazios.
Luta por eles, no ringue da vida, no combate entre ti e o materialismo qtir enc obre o teu verdadeiro rosto!
Veste a roupa, despe-te de ti e toma-te saudades de mulher. Escuta o teu coração, Não tenhas medo de seres tu, em encanto adormecido que tem de se acei1ar
então deixas de ser saudade, passas a ter rosto, voz e gestos próprios que e tomam mulher, gente, ser, mãe e essência na descoberta de um mumh próprio!
Então, sem saudade toma-te viva, és tu na tua mocidade de novo desperta e no grito de alerta dás de novo a ti própria a oportunidade de voltares a sei mulher!
Diz, fala, caminha no mundo feito de verdades, no rosto a tua imagem dc mulher; desperta de novo para a vida!
Assim escrevi um pouco de mim e de ti, fiz-me de novo mulher, saudades? Sim!
De me tomar mundo em movimento, essência viva!
Corpo de um ser em busca de um viver ao encontro de um tempo feito de verdades; no despertar do dia, acordas o teu sonho e tomas-te de novo mulher.
Assim, deixa de ser saudade e passa a ser verdade o tempo de uma nova primavera, no corpo da vida, mulher destemida, silêncios quebrados, voz desperta, mundo, ventre, fogo, praia despida, sedento de um mar, farol em alerta, mulher verdade ao encontro de si própria.
O eco da tua voz nas minhas palavras desenhadas no papel sem cor como as tuas emoções à espera de renascer.
Não sou poeta, mulher poetisa, sou apenas mulher saudade, vida que caminha ao encontro de um amanhã diferente.
A paixão vive connosco, o amor platónico que lemos nas histórias encantadas, nos desenhos de rosa e azul como o complemento das duas metades, metade da laranja amarga e doce, o sumo tomado néctar dos sonhos, feitos de encantos adormecidos nas palavras de histórias feitas como esperança de um amanhã melhor.
Vive comigo a paz descoberta no silêncio das lágrimas, da falta de amor e da maldade daqueles que compram o amor assinado perante o altar de um mártir que de coroa de espinhos se toma o rei da mentira, sim a verdade morta na cruz.
Então, escreves o teu destino nos sonhos que trazes quando menina, mulher.
Hoje és primavera, flor a desabrochar, árvore a florir pronta a parir, lado a lado, frente a frente, caminhas na construção de um sonho de amor, amor comprado pelo dinheiro, feito pela liberdade disfarçada pela solidão, esconde nesse amor a razão!
Sim porque amar é sentir a paz, sentir ternura, o sonho desenhado no teu mundo em busca de preencher a tua essência de mulher.
Abre os braços enquanto caminhas na tua primavera e faz parte do jardim da vida, bela e florida na descoberta de ti porque tudo tem o seu tempo, a sua hora, o seu lugar.
Está na hora de o teu mundo despertar!

Desperta em ti
a voz.
Abre o teu templo
ao mundo
e no coração
onde guardas
as tuas palavras
diz
o teu querer
sedento de amor.
o teu querer sedento de amor.

ÍNDICE
Prefácio
Mensagens .
A nossa essência
A imensa força que rege o sonho de viver!
Olhos nos olhos
A raíz
A essência
A imensa força de querer ser ouvida
Oração
Corpo de Cristo
Maria
Mil desculpas
O cálice
Analogia do amor
Jardim de afectos
Cântico de amor
Cartas de amor
Frutas
Palavras para ti
Analogia de um poema inflamado
Mulher sonhadora
Destino
Utopia
Ilusão
A vigia dos olhos da eternidade
Mãe de ventre inacabado
Mãe
Mulher solidão
Quantos?
O mundo
Deusa!
Mulher adorno
Vazio
Mulher
Fragmentos
Mulher saudade
Silêncio.., simplesmente
Saudade
Contraste
Quantas vidas
Mulher vulcão
Fruto de mel
A luz da paixão
Envolvi-me
Jasmim
Simples
A outra face
Mulher sem rosto
Sem voz
Braços
Arvore
Gerações
Mamy
Quem és?
Semente
Minha origem
Ser mãe
Mulher sem Voz
Gritos
Silêncios do teu pensar
Paz
Enigma