O autor de «O Enigma Português», livro surgido numa altura já crítica, mesmo crucial, da nossa vida colectiva que exigia reflexão na autenticidade, prossegue neste novo livro em coerência com a problemática formulada, explorando e aprofundando um aspecto fundamental: o psicológico.
O que somos, como somos e até onde, os portugueses, sem que nos percamos a deixar de o ser, múltiplos mas inconfundíveis qualquer que seja o Mundo – legítimas perguntas de quem não se limite a existir.
Um homem e uma Lusitânia, a ele sucessivamente afeita – a ele e à sua expansão nos demais homens e no maior espaço.
Antropogeografia poética na medida em que o concreto se universaliza, se transcende, ganha sentimento e sentido teológico.
Este escrito, porque ensaio, não é nem pretende ser uma psicologia dos portugueses, embora seja esse o campo em que se move – a partir das profundas contradições de um povo que nem por isso o tem impedido de afirmar-se marcadamente, apesar de pouco numeroso e da sua contínua dispersão geográfica.