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A LEPRA

65.00

Informação adicional

Peso450 g
Ano

1906

Edição

1

Idioma

Formato

15, 6×23

Encadernação

Cartonada

N. Pág.

197

Colecção

REF: 337 Categoria: ID do produto: 23278
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Este livro termina com 7 fotografias de pessoas com lepra.
(Succinto estudo demographico e prophylatico circumscripto ao districto do Porto)
<A lepra constitue uma questão scientifica e social das mais importantes. Para ser tratada com resultado, ha necessidade de documentos colhidos nas regiões onde reina a doença.
Zambaco Pacha.

Pag. 107/108:
É notável que Zambaco e Kaposi, dos mais renitentes em não admitir o contagio, tem vindo sucessivamente transigindo e já não é d’uma maneira absoluta que sustentam a doutrina hereditária.No livro já citado: «Voyages chez les lépreux», Zambaco já não argumenta contra a contagiosidade só com os factor de ordem clínica e observação pessoal; é em nome d’um sentimento que reputa amor da humanidade que clama contra a doutrina. «Considerar desde já, diz elIe, a doença como indubitavelmente e extremamente contagiosa, é encorajar as perseguições exaggeradas, deshumanas, barbaras dos seculos passados, que degeneraram em perseguição contra os infelizes leprosos, que são desprezados, vilipendiados, tratados como parias e postos, n’esta mesma hora em muitas das regiões que visitei, fára da lei commum».
Por muito nobres que sejam os motivos que assim determinam Zambaco a fallar, parece-me que não é d’este modo bem posta a questão dentro do campo rigorosa- mente scientifico. Independente de me não parecer concludentemente demonstrado, que da noção do contagio venha a reverter para os leprosos uma perseguição imcompativel com o adiantamento da civilisação dos nossos, dias, e ainda que de facto resultasse essa monstruosidade imcomprehensivel, o certo é que, pela mesma dignidade da sciencia, nenhum outro motivo deve guiar o investigador que não seja o de chegar á verdade plena e crua. De resto, só d’este modo se torna possivel, em beneficio mesmo dos leprosos e de todo o meio social, procurar racionalmente os meios de cura e preservação. E se é verdade que, como Zambaco o escreve, a questão está ainda indecisa e longe de se resolver, não é menos certo que só podem servir de causas confusoras entrar em consideração com razões de ordem sentimental, onde apenas o critério clínico e a analyse dos factos pode guiar e esclarecer.
Só n’este campo, assim bem limitado, é que se pode discutir.

Agradecimentos
– Capítulo I – Observações (33 observações)
– Capítulo II – Considerações gerais sobre a lepra – formas clínicas – Etiologia, Herança e Contágio
– Capítulo III – Demographia leprosa no Districto do Porto
– Capítulo I V- Prophilaxia