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A DOENÇA E O QUE A PRECEDE NA PSIQUE DOLOROSA

15.00

Informação adicional

Peso230 g
ISBN

978-989-8994-54-7

Ano

2024

Edição

Idioma

Formato

145 x 210mm

Encadernação

Cartonada

N. Pág.

124

Colecção

Categoria: ID do produto: 24401
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Quem quer que acredite ou não em Deus, pressente que fomos criados para a imortalidade. Os primeiros por terem esse íntimo discernimento, e os segundos, contrariando militantemente essa intuição, consideram-se inocentes, e a morte uma fatalidade incompreensível.

Sem o reconhecimento do conceito evolucionista de reencarnação da alma vivente, e o propósito da sua estadia aqui, a humanidade não beneficiará de perspectivação consistente da história humana e do indivíduo em si, por falta desta coluna vertebral.

A condição em que a humanidade se encontra e de que se recorda, insere-se integralmente no contexto de desobediência, doença e morte, inelutável condição esta à qual se teve de vergar (depois de perdido o estado de Graça), como também às inevitáveis vicissitudes de desagregação da matéria densa.

Assim, se se quiser conhecer os recônditos da dor física, terá que se fazer o caminho inverso, até encontrar os recônditos da dor psíquica e da perda espiritual. Janela aberta para os remotos emaranhados do consciente e inconsciente, assim este frágil corpo, sujeito a muito diferentes estados emocionais, e maioritariamente inúteis, se vai desagregando; mas, antes que isso aconteça, sigamos o percurso deste mensageiro dos grandes resíduos, onde se confirmam em última instância, as produções e realizações mais subtis e venenosas, que a psique humana pode produzir.

A prática clínica me tem dito que, há uma zona privada e íntima em cada um. E que, nem ele revela, porque não quer ou porque não sabe, e que, nem o terapeuta desvela.

A Psicologia articula as quatro áreas da existência humana e que dizem respeito à sua actividade mental, consciente ou não, à sua memória, igualmente consciente ou não, à vida afectiva e emocional, que se traduzem em comportamentos, inclusiva mente orgânicos.

Quando se segue o percurso do corpo, o mensageiro dos grandes resíduos, se encontrarão também, as fragilidades dos outros quadrantes. Isto, para quem tiver mais dificuldade em traduzir ou interpretar os sinais próprios, das áreas sensíveis.

O corpo é a última instância material, onde se confirmam as realizações ou produções mais subtis da psique vivente.

Portanto, também a partir dele se pode chegar ao dito in consciente, para que façamos dele, consciência.

O objectivo final de todo o conhecimento, é afinal o autoconhecimento, e a recolocação do ser, na infinitude do Universo, porque, se não servir para isso, será muito próximo do inválido.

Neste livro, dedicado a isso mesmo, se desenham poemas e desenhos, que falam desta difícil balança, onde é feita a maturação possível do Ser.

A Autora

EVOLUÇÃO
UM PASSO COMPULSÓRIO

SOBRE OS VECTORES COMPROMETIDOS

O ser humano funciona como um todo indissociável e em contínua transformação, interacção e evolução.

A individualidade em toda a sua expressão, não é um dado adquirido perenemente. É uma construção feita a partir de estruturas preexistentes, e direccionadas pelo genótipo, e de áreas estruturantes da própria psique, como são a emocional, a mental, a memória, que, mantêm entre si e com o exterior, uma dinâmica infrene, donde dimana toda a transformação e evolução do indivíduo, para estados de cariz saudável ou mórbido, conforme a capacidade individual, para manter aquelas áreas devidamente progressivas e interligadas.

Como afirma Carl G. Jung, “nada que seja de importância psicológica, ocorre fora da esfera pessoal… por conseguinte, a manutenção dessa esfera pessoal, é de suprema importância para a vida quotidiana”.

As soluções escolhidas por cada pessoa, no sentido da manu tenção de uma certa coesão interna, são eminentemente subjectivas, mas, subsidiárias de uma razão de Ser, que se auspiciará envolta em realismo, praticabilidade e razoabilidade, imprescindíveis. No entanto, isto pode não acontecer.

Quando Freud enuncia o binómio – princípio da realidade e princípio do prazer – fá-lo com certeza, para estabelecer pata mares evolutivos e interpretativos, reconhecíveis e a reconhecer pelo próprio Ego, este com características auto conservadoras e defensivas. É preciso identificar comportamentos adaptativos, úteis ou inúteis, e estabelecer parâmetros conectivos entre o que é a realidade pessoal, subjectiva e objectiva, o que é a realidade objectiva e subjectiva do outro, e o que é a realidade social, composta igualmente de subjectividades e objectividades, que compelem a uma organização que Carl Jung apresenta no seu quadro conceptual sobre a estrutura da psique, a qual é desdobrado por múltiplos planos e ângulos.

Uma coisa é certa, a utilidade de uma escolha, raramente se faz pelas vias superficiais da aparência e do curto prazo, dado que a proposta do Eu profundo, implica a transformação e a renovação cíclicas, onde os ciclos pessoais se entrecruzam com os colectivos, em tempos determinados, e, sem interpretação fiável, conclusiva, e imediata à vista, pelo menos para o próprio.

Em suma, a epítome Sartriana “não há outro Universo, senão o universo humano, o da subjectividade humana”, configurada na ideia de que, só conheço aquilo que me diz a experiência, é por força do princípio da realidade, transformada em experiência objectiva. É neste sentido que Freud, sempre pragmático, afirma que, “o ego realidade, nada mais tem a fazer do que, tender para o útil, e garantir-se contra os danos”. O que fica por esclarecer, é a que tipo de utilidade o indivíduo se propõe a curto prazo, e se ela também permanece útil a mais longo prazo, e a que níveis da estrutura psíquica, é que ela se irá repercutir.

Para a manutenção da coesão interna, parece que se prefigura como cenário constante, uma interpelação quer interna, quer interna e externa.

Para Jung, o processo de individuação, que é de facto a construção de uma individualidade a partir do reconhecimento e desenvolvimento das competências inatas (ou não), inicia-se naturalmente por um fortalecimento e crescimento do Ego como estrutura de identidade, e centro da personalidade, o que lhe permitirá o estabelecimento das relações sociais. Mas, o seu amadurecimento e prossecução, implica a troca de elementos psíquicos, entre o Ego e o Self, tornando-se mais premente por essa razão, em épocas mais avançadas da vida, o reconhecimento por parte do Ego, das fontes arquetípicas que sustentam a psique individual.

Apesar do Self ser o Arquétipo do Ego, e este poder em certas condições, ter acesso ao universo arquetípico, tal não acontece linearmente.

Então, assim como o Ego é o mediador entre o Self e a psique consciente, também o Complexo, influenciado por ambos, é o agente pelo qual o Ego chega ao conteúdo psíquico do Arquétipo.

Jung define então o Complexo como uma formação individual, constituída por imagens aglutinadas por uma carga emocional comum, mas de raiz arquetípica e, portanto, referenciado e dinamizado pela Psique Objectiva.

O Complexo não tem uma conotação negativa, e é para além do que se disse, um catalisador da actividade psíquica, pois não só obriga o ego a movimentos adaptativos, como transforma dores, pela acção intercorrente com o Self. Quando o Ego tem a oportunidade de acesso ao conteúdo do Complexo, então ele tem a possibilidade de o transformar, como também a essa parte comprometida, da individualidade. Também o Self, como se disse, e esta é uma sua importante função, pode impulsionar o Ego a transformar ou eliminar algum complexo ou agrupamento de Complexos, ainda que o Ego possa ter evitado, ou desejado alhear-se desse confronto. E o colapso que possa existir, decorre da dificuldade que o Ego possa ter, em lidar com o material inconsciente arquetípico, em abundância excessiva para poder ser processado por ele, e desbloquear o curso da individuação………

ESPECIAIS

Prefácio ……………………………………………………………………………………………………..…… 7
Evolução – Um passo compulsório ………………………………..…………………………………9
Sobre os Vectores Comprometidos ……………………………………………………………9
Definições ……………………………………………………………………………………………..13
Angústia e Ansiedade ……………………………………………………………………………..18
Breve abordagem dos níveis e das estruturas gerais e especializadas da psique,
segundo Carl Gustav Jung. ………………………………………………………………………………23
Definições correntes de perversão ……………………………………………………………27
Mais um passo ……………………………………………………………………………………….30
Corpos celestes/corpos terrestres ……………………………………………………………33
A aliança indesmentível entre os universos visível e não visível ……….………….…68
A Via Milenar …………………………………………………………………………………………68
O consciente colectivo, a psique objectiva, e a moral sociológica …………..………73
Formulação n.º1 …………………………………………………………………………………….73
Nomenclatura Cristã ………………………………………………………………………………73
A Somatização Formulação n.º 2 ……………………………………………………………..77
Referências: …………………………………………………………………………………………90
Hipotálamo e Sistema Límbico ………………………………………………………………………91
Um quartel general um pouco do muito complexo e misterioso sistema endócrino ……………………94
Atitudes implícitas às seguintes actividades: ……………………………………………109