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FOLHAS DE LUZ – Antologia

17.00

Informação adicional

Peso390 g
ISBN

989-95077-0-9

Ano

2006

Edição

1

Idioma

Formato

208 x 145

Encadernação

Cartonada

N. Pág.

262

Colecção

REF: 3 Categorias: , , ID do produto: 23096
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“Folhas de Luz” resulta de uma selecção de textos de diversos temas. Sempre sob a vertente espiritual, estes temas englobam assuntos sobre a actualidade, caso dos Capítulos 6º e 7º respectivamente, Ciência, com especial relevância para o ensaio “O átomo é o embrião da Inteligência” e as Crónicas onde surgem os mais variados assuntos, como catástrofes mundiais e as suas desastrosas consequências, para as quais a serenidade parece ser a única arma para enfrentar a impermanência da vida.

Também se encontram prosas simples, mas de súbita inspiração, bem como outros temas de uma abordagem espiritual mais profunda, como os sistemas filosóficos ou ainda sobre arte, abrangendo tanto a cultura do ocidente como do oriente.

“Folhas de Luz” contém ainda o livro “A Expansão Cósmica da Luz”, reeditado.

3º Capítulo
Sistemas Filosóficos e Religiosos

Indologia

(Inéditos)

As diversas religiões e filosofias nos diferentes pontos do mundo partiram de seres especiais, mas também, diferentes entre si e nos mais disparos lugares. Porquê, se a humanidade é um todo e parecemos todos iguais? E porque é que, mesmo dentro de certas doutrinas religiosas ou filosóficas existem graus de entendimento e de profundidade inacessíveis à compreensão de todos? Será então, um erro estabelecer doutrinas e sistemas com a pretensão de abarcar a mentalidade de todos os seres num abraço universal?
Em sua essência, tanto material como espiritual, os seres humanos são iguais, contudo, a liberdade de acção acaba por marcar a diferença entre os seres e sentenciar os seus karmas, que é o destino e o dever que cada um estabelece para si próprio. Mas também é pela diferença de consciência de cada ser que a humanidade se completa no seu todo.
Para melhor compreensão deste tema, vamos situar os diversos estados da existência dos seres em patamares; 1º, o nascimento, 2º, o crescimento e 3º, a morte. Eis condições de vida igual para todos, e são referências universais, porém, a forma como se percorre este período de tempo na Terra (uma vida), difere de um indivíduo para outro. Mesmo dentro de uma família, onde a educação foi dada de uma só forma a todos os seus membros, há no entanto seres (entre filhos), que podem apresentar reacções à vida e aos outros de forma diferente e até desconcertante para a restante família – isto prova, que há diferenças entre os seres, que se devem respeitar, pois cada um tem o seu próprio karma a cumprir e a descartar. A diferença entre os seres resulta do grau de consciência, que marcará por sua vez, a forma como cumprirá as suas tarefas na vida.
Estabelecendo um outro sistema de patamares e referente já à evolução espiritual dos seres a um nível consciente, poderemos compreender estas diferenças do seguinte modo.
Sobre um aspecto global e abrangente, temos um 1º patamar, que se refere à humanidade no seu todo, em que a arte, a música, a religião e a cultura em geral servem de alimento para recriar a Alma, contudo, mais não desejam, nem procuram ideais mais elevados. Uma outra parte, mais reduzida aspira à transcendência e busca conhecimento através da filosofia mais profunda, da metafísica, enfim da espiritualidade, mas encontra uma grande miscelânea de ideias, ideais e ambições, em que tudo serve para despertar conscientemente os seres. Há muitas modalidades, desde as artes marciais, às curas, ao Tarôt, à Astrologia, Yoga, Sociedades secretas etc, em que cada um, procura de acordo consigo próprio, encontrar as respostas aos seus anseios e necessidades espirituais. Depois de permanecer algum tempo na “modalidade” escolhida e em grupo, começa a tomar consciência da sua individualidade e a separar-se, procurando cada vez mais, algo que satisfaça a sua forma de ser, ver e sentir. Começa a busca, a investigação, e vai encontrando outros seres no mesmo objectivo; mas, é por pouco tempo, pois aquele que está preparado para subir, não se prenderá mais a este 1º patamar.
No 2º patamar, vamos encontrar então os que já se distanciaram da massa comum e deparam com algumas regras; embora cada um procure as melhores para si, são no entanto, já regras universais e mais profundas, que dizem respeito à própria natureza espiritual, e onde há cada vez mais individualidade, mas, mais consciência da Unidade. Começa a grande libertação dos conceitos do mundo e onde são requeridas certas condições.
No 3º patamar, as condições começam a ser cada vez mais restritas (silêncio e recolhimento) e modera-se a liberdade mundana, e há a consciência de que se quer adquirir a liberdade espiritual, ou a Libertação final.
Sucessivamente, o caminho vai-se tornando cada vez mais estreito e os patamares cada vez mais altos. Só alguns continuam a escalada…

“ É especialmente difícil forçar o pássaro que está
em voo rápido a voar vagarosamente. Não existe
sacrifício mais pesado do que quando a consciência
já alargada se consagra à realidade manifestada”.
Agni Yoga, 359

Assim se compreende, que as doutrinas estabelecidas pelos homens, quer venham da sua própria inspiração e realização, quer oriunda da inspiração divina, como se crê do Veda e da Bíblia, estão de acordo com os seus próprios estados mentais e espirituais e destinam-se a determinados seres, e até a determinadas coordenadas geográficas. Ficam à disposição de quem se sentir atraído para elas.
A ignorância das verdades mais altas, acaba por ser uma herança genética derivada da própria evolução da Terra, onde cada ser tem de ganhar à sua própria custa, a auto- consciência da sua verdadeira natureza, para assim perceber a sua posição e responsabilidade dentro de uma estrutura universal e espiritual e não prossiga mais no sentido do efémero e do materialista. Encontramos as definições de ignorância (ilusão), em muitas doutrinas da Índia de acordo com cada sistema.
De facto, é na Índia que encontramos a grande diversidade de meios para a condução humana no caminho da libertação da ignorância, pois esta é a causa do sofrimento, e na elevação de consciência, através do superamento pessoal e individual.
Para os dualistas – Sāṃkhya, expressa-se entre a matéria e o espírito – para os budistas a crença errónea em si mesmo – para os teístas a carência na crença em Deus e para os advaitas em não realizar a consciência da Unidade.

1º. Capítulo: Especiais:
Portugal e o Presente
Elogio da Música
Almas Gémeas
A Integração na Realidade Divina
No Limiar
Amrta

2º. Capítulo: Arte
A Arte e o Renascimento
Arte Oriental
A Luz do Anjo
Os Pré-Rafaelitas

3º. Capítulo: Sistemas Filosóficos – Religiosos
Indologia
A Matemática e as Religiões
Advaita Vedanta
Samkya

4º. Capítulo: Biografias
Savaranola
Ramanuja

5º. Capítulo: Instantes
Encontro Inesperado
Passeio no Tempo
O Planeta de Cristal

6º. Capítulo: Ciência
No Caminho da Evolução
Avanços na Neurologia
O Átomo
O Infinito

7º. Capítulo: Crónicas
O Valor da Palavra
Apologia da Noite
Flutuações Climáticas
Impermanência
O Reverso da Medalha
Bebidas Alcoólicas
Fraude
Por um Pedaço de Terra
Faça-se Luz
A Salvação
Conceitos
Despertar Espiritual

8º. Capítulo: Seres e Saberes
Pequena Enciclopédia

9º. Capítulo: Os Meus Pensamentos

10º. Capítulo: Reedição
A Expansãoi Cósmica da Luz

Glossário de Sânscrito
Bibliografia