Ir para o conteúdo Ir para rodapé

OS ESPLENDORES DE TIPHÉRETH – O Sol na Prática Espiritual

Autor:Aïvanhov, Omraam Mikhaël

19.00

Informação adicional

Peso375 g
ISBN

978-989-8691-32-3

Ano

2016

Edição

1

Idioma

Formato

145 x 210

Encadernação

Cartonada

N. Pág.

284

Colecção

Partilhe:

SINOPSE

«Quando nos concentramos no sol, que é o centro do nosso universo, aproximamo-nos do nosso próprio centro, o nosso Eu superior, que é o nosso sol; fundimo-nos com ele e, pouco a pouco,
tornamo-nos como ele.
Mas concentrar-se no sol é também aprender a mobilizar todas as suas energias para a realização do mais alto ideal. Aquele que trabalha para unificar a multiplicidade de forças caóticas que
o puxam em todos os sentidos para as lançar numa direção única, luminosa, salutar, torna-se um fogo tão poderoso que é capaz de irradiar através do espaço. Sim, o homem que consegue dominar as tendências da sua natureza inferior pode estender os seus benefícios a toda a humanidade e tornar-se como o sol. Ele vive numa tal liberdade que alarga o campo da sua consciência a todo o género humano, ao qual envia a superabundância de luz e de amor que dele jorram…
É preciso que haja, na terra, cada vez mais seres capazes de se consagrarem a este trabalho com o sol, pois só o amor e a luz transformarão a humanidade.»
Omraam Mikhaël Aïvanhov

CAPÍTULO XV – PARTE

O Sol foi feito à imagem e à semelhança de Deus
«Em espírito e em verdade»

Há alguns dias, eu estava a falar com um irmão e, no meio da
conversa, abordámos o tema da Santíssima Trindade. Esse irmão é
cristão e, tal como sucede com a maioria dos cristãos, esta questão
não era clara para ele. Mas o que se há de fazer? Como se pode
transmitir aos homens a clareza se eles persistem em não querer
estudar a Ciência Iniciática, que é a única que nos dá noções claras,
precisas e coerentes? Aliás, a diferença entre um pensador vulgar
e um Iniciado é que um Iniciado tem na sua cabeça um vigamento,
uma estrutura, ele vê o mundo como um grande edifício, onde cada
elemento está no seu lugar, enquanto na cabeça dos pensadores vulgares
tudo é díspar, desligado e sem nexo. Como podem eles depois
ter uma ideia precisa do cosmos, com as forças e entidades que nele
trabalham?
Infelizmente, é assim que as crianças são instruídas nas escolas
e nas famílias. Nunca lhes foi apresentada a unidade da criação,
a ligação que existe no universo entre o mundo do espírito, o
mundo da alma e o mundo físico. E mesmo os espiritualistas não
têm uma ideia clara sobre o significado das seguintes palavras de
Hermes Trismegisto: «E eis a razão por que me chamam Hermes
Trismegisto: eu possuo a ciência dos três mundos.» Hermes
Trismegisto não menciona esses três mundos, mas o que ele queria
dizer com estas palavras é que conhecia a estrutura do universo,
que tinha visto como as diferentes regiões estão ligadas entre si e
como os espíritos descem e sobem de uma região para a outra. É
exatamente o que está expresso na Bíblia pela escada de Jacob.1
Essa escada que chegava ao Céu e sobre a qual Jacob viu os anjos
subir e descer é precisamente a hierarquia que existe no universo,
desde as criaturas mais inferiores até ao próprio Deus. As pessoas
não têm ideia nenhuma desta hierarquia e mesmo os religiosos não
a conhecem verdadeiramente, pois não é isso que lhes ensinam.
Na Bíblia, nos Evangelhos, há algumas indicações que são
como marcos, materiais que os Iniciados, os apóstolos ou os profetas
nos deixaram, e compete-nos a nós reconstruir o edifício com
esses materiais. Consideremos a questão dos arcanjos, por exemplo.
Na religião cristã, apenas se mencionam quatro: Uriel, Gabriel,
Rafael e Miguel. É tudo, não se mencionam mais nenhuns. E, então,
podemos perguntar: «Como? Para todo esse universo, cujos limites
nem sequer se conhecem, só há quatro arcanjos? Que miséria!»
Mas está tudo indicado na Cabala, porque, no passado, houve seres
que foram muito longe para contemplar essa hierarquia e que nos
transmitiram os seus conhecimentos. Há, pois, uma hierarquia, com
ordens angélicas que são comandadas por aqueles quatro arcanjos
e por outros. Mas isto já vós sabeis, eu já falei há muito tempo da
Árvore Sefirótica, com a qual agora podeis trabalhar.
Dizia-vos eu que, na conversa com o tal irmão, abordámos a
questão da Santíssima Trindade. E eu perguntei-lhe: «Então, diga-
-me, o que representa o Pai?… E o Filho?… E o Espírito Santo?» Ele
respondeu-me, evidentemente, como respondem todos os religiosos:
que Deus é o Pai, a Omnipotência; o Cristo é o filho, o Amor;
e o Espírito Santo é o Consolador. «Bem – disse-lhe eu –, está perto
da verdade, mas isso não está claro. Para o ajudar, vou mostrar-lhe
o que se passa na vida, na natureza. Sim, porque, se eu começar
por lhe dar a minha opinião, pensará que não há motivo para ela
ser mais válida do que a sua e ninguém saberá quem está dentro da
verdade. Para conhecer a verdade, temos de recorrer a uma autoridade,
a alguém ou a algo imutável, eterno, que nunca se engana, e
é à própria natureza que devemos perguntar o que ela pensa.» Isto
era algo novo para aquele irmão; ele nunca tinha pensado que é
preciso verificar as nossas ideias e as nossas opiniões junto dessa
autoridade que é a natureza.
Então, eu continuei e disse: «Mas, se quiser, consultemos primeiro
as Escrituras e, depois, interrogaremos a natureza. Está
escrito no Génesis: “E Deus disse: Façamos o homem à nossa
imagem e à nossa semelhança.» E, mais adiante: «Deus criou o
homem à sua imagem, à sua imagem Ele o criou.” Por que é que,
na segunda vez, Moisés repetiu a ‘imagem’ e não a ‘semelhança’?
Ele indica, assim, que Deus tinha a intenção de criar o homem à sua
semelhança, mas não o fez; Ele criou-o apenas à sua imagem. Mas
o que significa isto: à imagem e semelhança de Deus? Devemos
entender que Deus tem um nariz, uns olhos, uma boca, um estômago,
umas pernas, ou será que devemos atribuir um significado
diferente à palavra ‘imagem’? E como é que devemos entender a
palavra ‘semelhança’? Vós tendes uma semente: ela não se assemelha
à árvore, mas é feita à sua imagem, contém a sua imagem, e, se
a puserdes na terra, ela começa a assemelhar-se à árvore.
A imagem e a semelhança são duas coisas diferentes: a semelhança
é o desenvolvimento perfeito da imagem. Quando se semeia
uma bolota, algum tempo depois começa a desenvolver-se um carvalho…
A bolota acaba, pois, por se assemelhar ao seu pai, o carvalho,
enquanto antes era apenas à sua imagem. Mas nós não devemos
julgar que, se Deus nos criou à sua imagem, isso quer dizer
que, como nós, Ele tem olhos, ouvidos e cabelos; esses pormenores
não têm qualquer importância. O que é importante é que existe em
nós um ser que pensa, que sente e que age, e que é esse ser que é à
imagem de Deus, porque Deus pensa, Deus sente e Deus age. Sim,
mas como o homem não tem nem a omnisciência, nem o amor,
nem a omnipotência de Deus, é somente à sua imagem e não à sua
semelhança. Uma vez que ele não pensa, não sente e não age como
Deus, é apenas segundo a sua imagem. Aliás, se ele fez asneiras lá
no Paraíso, é porque não se assemelhava a Ele. Quando se desenvolver,
quando crescer, o homem será semelhante a Deus; mas, por
enquanto, não é mais do que uma pequena semente.2
É como uma criança. Quando a criança é pequenina, ainda só
é à imagem do seu pai ou da sua mãe: não tem a mesma inteligência,
a mesma força, o mesmo amor, não pensa nos outros, só pensa
nela, come, bebe, grita, reclama, exige para si. Mas, quando cresce,
começa a assemelhar-se ao pai: reflete, trabalha, pensa nos outros,
faz sacrifícios por eles.
Mas o discípulo tem um ideal mais elevado do que assemelhar-
-se aos seus pais terrestres. Antigamente, havia o costume de o filho
seguir o ofício do pai; se o pai era tanoeiro, ferreiro, marceneiro…
ou gangster, o filho haveria de fazer o mesmo. Isso não é mau,
mas também não é assim tão bom. O nosso ideal é conseguirmos
ser semelhantes ao Pai Celeste, ou, mais exatamente, à Santíssima
Trindade, uma vez que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são inseparáveis.
Mas como, por que meio, se pode chegar a essa semelhança?
Os Iniciados procuraram um modelo por toda a natureza
e não encontraram nenhum que fosse tão perfeito e tão ideal como
o Sol.
Observemos o que se passa na natureza com o Sol. O Sol é luz,
calor e vida. Se considerarmos que a luz representa a inteligência,
o calor representa o amor e a vida representa o poder e a vontade,
verificamos que o Sol é à imagem de Deus, mas também à sua semelhança,
porque ele não é limitado como os homens; pelo contrário,
ele é tão luminoso, caloroso e vivificante que pode iluminar, aquecer
e vivificar os planetas. Portanto, para compreendermos a Santíssima
Trindade, temos de interrogar o Sol. O Pai é aquele que cria, é a
fonte da vida que depois se manifesta sob forma de luz, de calor, de
movimento, etc.; o Filho, o Cristo, podemos dizer que é o calor, o
amor; e o Espírito Santo é a luz, visto que é ele que faz revelações,
que concede a faculdade de profetizar, de predizer, de falar línguas.
Também podemos considerar o inverso, isto é, o Espírito Santo
como o amor e o Cristo como a luz, dado que Jesus disse: «Eu sou
a luz do mundo». Mas o que é importante e absoluto é que o Pai
Celeste representa a vida com as suas duas manifestações: o calor e
a luz. Repare como a natureza pode instruir-nos, porque nela tudo é
perfeitamente justo e preciso, e não podemos deixar de o aceitar…»
E o irmão escutava-me, concordava comigo, mas estava admirado
por ver que aqui existem novos métodos de investigação, que
permitem interrogar a própria natureza sobre os mais profundos
mistérios da religião. Depois, eu disse: «Não acha espantoso que
os homens apreciem e admirem tudo o que o Sol faz, mas que se
esqueçam dele? É ele que dá tudo o que vemos na natureza, sim,
mesmo o ouro pelo qual as pessoas correm continuamente e são
capazes de cometer crimes. Mas todos voltam as costas ao Criador
para se ocuparem apenas daquilo que Ele criou e que não é verdadeiramente
Ele».3
Como vedes, há algo de errado na compreensão dos humanos:
eles esquecem-se da Causa Primeira e correm ao encontro das cascas,
das escórias, dos resíduos da criação. Enquanto os homens não
mudarem de filosofia, enquanto eles abandonarem o essencial pelo
secundário, o centro pela periferia, só poderão bater com a cabeça
nas paredes. É preciso que eles voltem a dar a primazia àquele que
é a causa de tudo: o Sol. A situação corrigir-se-á primeiro na sua
mente, e depois na sociedade, e tudo funcionará muito melhor. Vós
direis: «Mas como é que a maneira de considerar o Sol pode ter
essas consequências? É só um pormenor.» Sim, parece ser só um
pormenor, mas, com o tempo, essa inversão de valores acabou por
ter consequências extremamente graves em todos os domínios da
vida.
Em seguida, eu perguntei ao tal irmão: «Como é que faz para
encontrar Deus? Onde O procura?» E ele respondeu: «Mas Ele está
em toda a parte, nos rios, nos frutos, nas montanhas, por toda a
parte… – Sim, está certo, Ele está em toda a parte, pode encontrá-
-l’O por toda a parte, mas sabe o que fazer para O encontrar mais
rápida e eficazmente?…» Aí, ele já não conseguiu responder-me e,
aliás, esta questão é também muito vaga para a maioria das pessoas,
mesmo para aquelas que praticam uma religião. É verdade, Deus
está em toda a parte, está no ar, na água, no coração dos homens,
no olhar das crianças… Mas dizer que Deus está em toda a parte é
demasiado vago e impede-vos de O encontrar rápida e eficazmente.
Quando alguém precisa de sapatos ou de queijo, sabe muito
bem onde encontrá-los, e ninguém vai procurar óculos numa loja
de chapéus. Mas, quando se trata de encontrar Deus em todo o seu
poder, em todo o seu esplendor, em toda a sua luz e em todo o seu
amor, as pessoas vão procurá-l’O onde Ele não está. Vós direis:
«Como? Na Igreja… na hóstia… não podemos encontrá-l’O?»
Sim, claro, podemos encontrar Deus na igreja, mas qual é a igreja
ou qual é o templo que pode ser comparado à natureza? E qual é
a hóstia que pode ser comparada ao Sol? Podeis comer vagões de
hóstias e continuar tão maus, tão invejosos, tão sensuais, tão estúpidos
e tão doentios como antes. Mas, se fordes ao encontro dessa
hóstia imensa que é o Sol e comungardes com ela todos os dias,
sereis obrigados a transformar-vos. Porquê? Porque só no Sol é que
Deus se manifesta em todo o seu poder, em toda a sua luz, em todo
o seu calor.
Se Deus nos deu uma inteligência e uma lógica, devemos servir-
nos delas para O encontrar. Quem poderá contradizer-me, se,
pelo meu raciocínio, eu descubro que todas as fabricações humanas
não valem aquilo que O próprio Deus criou!… E quem é que pode
negar que os homens fabricam as hóstias com materiais fornecidos
pelo Sol? E nem sequer lhe agradecem! Apoderam-se de tudo o
que ele produz, do trigo, das uvas, e esquecem-se de lhe agradecer.
Nem sequer se dão conta de que, sem ele, não poderiam fazer uma
única hóstia nem uma única gota de vinho. Por que é que os levaram
a afastar-se do caminho a este ponto? Por que é que quiseram
esconder-lhes a importância do Sol e fazer-lhes crer que é através
das hóstias e do vinho que eles encontrarão Deus? Que interesse
havia em ocultar-lhes a verdade? Isso não os ajudou, pois há dois
mil anos que eles comungam com o pão e o vinho e continuam tão
miseráveis, tão maus e tão limitados como antes. Sim, onde está o
progresso?4
Como é que as pessoas não se apercebem de que é no Sol que
melhor se manifestam a generosidade, a imensidão e a eternidade
de Deus? Doravante, meus caros irmãos e irmãs, é lá que deveis
procurar a Santíssima Trindade: no Sol, e não mais no domínio
abstrato e teórico, o que não é pedagógico. Em pedagogia ensina-se
que é preciso começar por apresentar às crianças coisas concretas,
aquilo em que se toca, que se vê, para depois as conduzir a um
domínio mais abstrato. Dever-se-ia ter utilizado o mesmo método
para a religião e, em vez de considerar a Divindade e a Santíssima
Trindade como abstrações acerca das quais ninguém (ou quase ninguém)
compreende nada, começar pelo lado concreto, quer dizer,
pelo Sol. E depois deixar que aqueles que são capazes procurem o
Espírito, Deus, o Absoluto, por trás do Sol, para além do Sol. Vós
direis: «Mas os templos, as estátuas, as velas, a hóstia, são coisas
concretas.» Sim, com certeza, são coisas concretas, mas tudo isso é
limitado, é frio, está morto, ao passo que, quando vos aproximardes
do Sol, vereis a sua luz, sentireis o seu calor, a sua vida. Por que é
que os homens preferem rezar a um Deus abstrato e inatingível em
igrejas escuras e frias? Que vão primeiro junto do Sol aquecer-se,
iluminar-se, vivificar-se, agradecer a Deus e, em seguida, se tiverem
capacidades mentais suficientes, poderão dirigir-se a um Deus
abstrato.
Um dia, mesmo as igrejas e os templos se tornarão inúteis,
porque os humanos começarão a ir a um outro templo, o templo
imenso da natureza viva, em que o Sol é o sacerdote que celebra e
as estrelas são as lamparinas. Eis o que acontecerá um dia, eu vo-lo
profetizo. Por enquanto, os homens ainda não estão preparados,
devido à sua estreiteza e às suas limitações. Aliás, não é mau que
existam igrejas e templos, isso é magnífico, eles fazem falta e eu
nunca disse que deviam ser destruídos. Até uma casa é um templo.
Mas, quando se quiser compreender a verdade, abandonar-se-á
todos esses templos e entrar-se-á no único templo construído pelo
próprio Deus: o universo. E em seguida compreender-se-á que o
homem é também um templo do Senhor e que ele deve limpar-se,
purificar-se, santificar-se, para ser verdadeiramente esse templo.5
Então, ele estará, sempre e em toda a parte, num templo para rezar
ao Senhor, porque estará no seu próprio templo e, ao mesmo tempo,
no grande templo que é o universo. É isto que simboliza o nosso
vitral, aqui por cima, o pequeno pentagrama no grande pentagrama:
o microcosmos no macrocosmos.
Pela sua inteligência, pela sua pureza, pela sua força e pela sua
luz, o homem tornar-se-á, um dia, um templo vivo.
Presentemente, com o pretexto de que estão em viagem, as
pessoas dizem: «Como não posso ir a uma igreja, Deus não me
ouvirá.» E pronto, já não rezam. Isto não é um bom raciocínio. É
preciso levar o templo consigo, tal como o caracol transporta a sua
casa! Mas isso não significa que devemos desprezar os templos e
as igrejas que os homens construíram com tanto ardor e tanta devoção.
Eu sei com que amor, durante toda a Idade Média, se construíram
catedrais e, em todos os países por onde viajei, na Itália, em
Espanha, na Inglaterra, na Grécia, na Índia, nos Estados Unidos,
visitei os templos, as igrejas, as mesquitas, porque, seja qual for a
forma sob a qual se apresente, eu admiro a devoção que os homens
têm a Deus. Mas sou obrigado a falar assim para alargar as vossas
conceções, para vos levar ainda um pouco mais longe na compreensão
da verdade. É magnífico ir rezar a um templo, mas por
que é que havemos de deixar o nosso próprio templo sujo, em mau
estado, repugnante? Nesse estado, todos os animais, todas as feras,
se passeiam nele em liberdade e se devoram entre si e, mesmo que
se vá à igreja durante anos, isso não servirá para nada. Não será
melhor purificarmos primeiro o nosso próprio templo e, depois,
convidarmos o Senhor para vir habitar nele? Por que é que se há de
deixar os outros construir templos e descurar o seu próprio templo,
ou sujá-lo?
As Escrituras referem: «Vós sois o templo do Deus vivo». Então,
do que é que as pessoas estão à espera? Elas estão habituadas a ir
sempre a templos de madeira ou de pedra, que não são vivos, e não
se ocupam do seu próprio templo. É certo que, graças às orações
dos santos e dos crentes, esses templos têm, apesar de tudo, algo
vivo, mas isso não pode ser comparado a um corpo humano que
está purificado, santificado, e que se tornou um verdadeiro templo.
É quando vós sois um templo, quando orais no vosso próprio
templo, que Deus vos escuta e vos atende. E se, ao mesmo tempo,
tiverdes consciência de que estais nesse outro grande templo, o universo,
tornar-vos-eis um ser completo, estareis na plenitude. É isso
que exprime, como eu vos disse, o símbolo do pequeno pentagrama
dentro do grande pentagrama. O grande pentagrama é o Cristo, o
Ser cósmico de luz, e o homem está nele. Portanto, o pequeno templo
no grande templo, o microcosmos no macrocosmos – eis o que
deveis compreender.

ÍNDICE

I Surya-yoga ‒ O Sol, centro do universo
Tudo o que existe na Terra está contido
em estado etérico no Sol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
II Como captar os elementos etéricos contidos no Sol
Ao olhar o Sol, a nossa alma toma a sua forma . . . . . . . . . 25
III O nosso Eu superior habita no Sol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
IV O Sol faz crescer os germes
que o Criador depositou em nós
Como reconhecer a Santíssima Trindade no Sol . . . . . . . . . 49
V Todas as criaturas têm a sua morada
O rosário de 7 pérolas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
VI O Mestre no rosário de 7 pérolas
Todas as criaturas devem ter uma habitação
e protegê-la ‒ A aura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
VII O ponto de vista heliocêntrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
VIII Amai como o Sol! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
IX Tal como o Sol, um Mestre deve permanecer no centro
Fórmulas a pronunciar ao nascer do Sol . . . . . . . . . . . . . . . 103
X Elevai-vos acima das nuvens!
A séfira Tiphéreth . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .109
XI Os Espíritos das 7 luzes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
XII O prisma, imagem do homem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
XIII O novo céu e a nova terra
O enxerto espiritual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
XIV O Sol pode dar a solução para o problema do amor
A força Telesma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
XV O Sol foi feito à imagem e à semelhança de Deus
«Em espírito e em verdade» . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173
XVI O Cristo e a religião solar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189
XVII O dia e a noite
A consciência e a subconsciência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
XVIII O Sol é o iniciador da civilização
O discípulo deve desenvolver a clarividência
começando pelos planos superiores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227
XIX O Sol e o ensinamento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
Tal como sucede com o Sol, o poder
do nosso espírito está na penetração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
XX O Sol é o melhor pedagogo: dá o exemplo
O Sol, coração do universo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249
XXI As três espécies de fogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259
XXII Fazer convergir tudo para um único objetivo! . . . . . . . . . . . 273