Do Dr. Jorge Cunha Cruvinel Filho, psiquiatra brasileiro, autor do livro E TERÁS QUE ME DIZER, inserido na Colecção “Luz do Oriente”, recebemos o seguinte comentário acerca dos livros INICIAÇÃO À VIDA, inseridos na Colecção “Luz do Ocidente”:
M. Elisa terminei de ler o primeiro volume de Iniciação à Vida. Que livro gracioso! Vai num ritmo melífluo construindo cuidadosamente a bela história e quando nos damos conta está sendo transmitida a Sabedoria. Ali está o conhecimento sobre o karma, sobre a Unidade, sobre a Compaixão, sobre a Ação Correta, sobre como lidar com as emoções em si mesmo e as expressas pelos outros, sobre o Divino espelhado na Natureza, sobre a Evolução da qual todos participamos. A parte que mais me tocou é a que João ensina a intuir, a centrar em si mesmo em quietude percebendo que tudo tem um “bocadinho de Deus” e assim, naturalmente, encontrar o caminho a ser seguido. E também quando João se dá conta que são as próprias distorções interiores que causam as dificuldades na maior parte das vezes e lamenta por muitos não se aperceberem disso. É uma grande dádiva esse livro chegar para as crianças e principalmente para os pais. Pelo menos para os próximos de mim farei chegar.
Terminei a leitura do segundo volume de Iniciação à Vida. Para minha surpresa achei ainda mais belo e tocante que o primeiro: porque trata da compreensão mais profunda sobre o Amor. Não consigo nem imaginar como a compreensão disso em tenra idade pode ajudar uma pessoa. O livro trabalha com as raízes da sabedoria interior: a começar pela responsabilidade interior. Vemos tantos adultos que ainda não conseguiram despertar para isso. A possibilidade de aprender, ainda criança, a olhar para dentro, a buscar o autoconhecimento e a se responsabilizar por tudo aquilo que surge na mente me parece de fato essencial. Com delicadeza, o livro leva à descoberta do universo interior. Vemos que a partir do que surge interiormente a vida tomará seus contornos. A criança já iluminada por essa compreensão, já age de forma mais sábia e compassiva. Mais tocante é ver o João ter paciência com o Carlos, o qual não tinha a mesma compreensão.
Como o menino Carlos, vejo muitas pessoas começarem a se reconectar com a vida através da contemplação da natureza, já que observar as coisas humanas muitas vezes se torna difícil devido aos traumas. Então, a começar pela observação do belo na natureza, surge a possibilidade de novamente se entregar nos relacionamentos humanos, deixando de lado o imenso medo de que coisas ruins ou falta de afeto voltem a se dar. A criança capaz de observar a manifestação do Divino na natureza ao redor, capaz de olhar para si mesma e perceber que seus pensamentos e ações vão determinar em grande parte sua própria vida, capaz de ter um olhar compassivo que compreende as limitações dos outros e sempre quer despertar o que há de melhor no outro: tudo isso é instigado no livro.
Chamou-me a atenção também como já é apresentado para as crianças o que de fato pode trazer felicidade. O garoto que tinha todos os brinquedos que poderia comprar continuava triste e amargurado, ao passo que o João não tinha muitas coisas, mas era feliz porque tinha a atenção de que necessitava para se desenvolver, além de receber a sábia orientação dos pais, que também haviam despertado para o autoconhecimento e para a espiritualidade.
Realmente fico feliz que a Vida tenha-te inspirado a escrevê-lo e desejo que muitos ainda se beneficiem da leitura.